SIDROLÂNDIA- MS
IBGE já visitou 84% dos domicílios e só computou 37 mil habitantes em Sidrolândia
Com base na projeção de 2,8 habitantes por moradia, a expectativa é de que ao término do levantamento sejam computados aproximadamente 50 mil habitantes.
Redação/Região News
23 de Novembro de 2022 - 16:59
Transcorridos mais de 3 meses desde o início da coleta de dados para o censo 2022, os pesquisadores já visitaram 21.824 estabelecimentos dos quais 17.817 domicílios (84% do total) e só foram recenseados 37.735 mil habitantes, o que corresponde a 62% da estimativa do próprio IBGE de 60.792 moradores para Sidrolândia.
Com base na projeção de 2,8 habitantes por moradia, a expectativa é de que ao término do levantamento sejam computados aproximadamente 50 mil habitantes. Se o censo confirmasse a estimativa de mais de 60 mil habitantes, a Prefeitura teria uma receita adicional de R$ 6 milhões com o repasse do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) porque o índice de participação da cidade passaria de 2,2 para 2,4%.
Uma das razões que explicaria esta estimativa "exagerada" do IBGE de uma população superior a 60 mil habitantes, é que as estimativas foram feitas em cima da taxa de fecundidade de 12 anos atrás, quando hoje a realidade é bem diferente. Atualmente a mulher prefere ter menos filho, razões econômicas ou por ter optado seguir uma carreira profissional, por exemplo. O IBGE tem enfrentado dificuldade para coletar as informações. Até agora foram visitados 17.817 domicílios, de um total de 21.366. Falta chegar a 3.549. Até agora moradores de 300 unidades habitacionais se recusaram a prestar informações. Em 1.800, não havia ninguém e a 1.400 foram classificadas como moradias ocasionais.
O desafio agora dos pesquisadores é retornar a estes domicílios. Se em todos eles se confirmarem a média de 2,8 moradores por unidade habitacional, a cidade terá então 61.449 habitantes, confirmando as estimativas. Uma das razões que deve quebrar essa expectativa, na avaliação dos técnicos do IBGE, é a mudança no perfil demográfico na zona rural, em especial nos assentamentos onde estão mais de 5 mil famílias. Boa parte dos filhos destes pequenos produtores beneficiados há mais de 10 anos pela reforma agrária, cresceram, constituíram famílias e foram para outras cidades. Com o arrendamento das glebas para o plantio de soja, os pesquisadores encontram as casas vazias. Os antigos moradores só vão lá aos finais de semana. Esta aí parte da explicação para a localização de 1.800 moradias vazias.