IBGE mostra que mais de 43% das famílias em Sidrolândia são chefiadas por mulheres; 36% são mães solos

No intervalo de 12 anos, entre o censo de 2010 e o de 2022, o número de mulheres chefes de família em Sidrolândia aumentou 255,65%, saltando de 2.008 há 14 anos para 7.166. Neste contingente estão 5.963 mulheres  são mães solos, que criam os filhos e mantêm a casa sozinhas porque não têm marido.

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O censo do IBGE mostrou que 43,11% das famílias são chefiadas por mulheres, ocupando a 46ª posição no ranking estadual, que é liderado por Antônio João (58,7%). De um total de 16.585 domicílios, em 9.419 (56,79%) moram famílias chefiadas por homens e 7.166 por mulheres.

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Entre as milhares de mulheres que exercem múltiplas funções, como provedoras, chefes de família e mães, duas delas, Juscinei Claro (reeleita) e Edilaine Tavares, 4ª mais votada, ocuparão vagas na Câmara, onde 6 das 13 vagas formarão a bancada feminina, a maior representação entre os 79 legislativos municipais.

Edilaine, 40 anos, mãe de três filhos, já é avó. Desde os 19 anos milita no MST (Movimento Sem Terra). Após dois anos acampada, em 2005 conquistou um lote no Assentamento Che Guevara do MST. Além de se dedicar à produção de maracujá, pimenta, produção de leite e de corte, para completar a renda, trabalhou como motorista da Prefeitura, dirigindo ônibus escolar, e posteriormente o caminhão que transporta calcário.

Na gestão de Vanda Camilo, foi subprefeita do distrito de Capão Seco e secretária-adjunta de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente. A filha mais velha, Ana Claudia Tavares, 22 anos, estuda enfermagem em Foz do Iguaçu, através do Pronera (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária), que destina verbas específicas para providenciar o acesso de jovens ao ensino superior em instituições federais. Amanda Tavares, 18 anos, cursa gestão pública em Sidrolândia, e o caçula, Thallysson Vinícius Tavares, 16 anos, faz o Ensino Médio na escola do Assentamento Jibóia.