Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Domingo, 24 de Novembro de 2024

SIDROLÂNDIA- MS

Justiça vai ouvir 4ª feira mais testemunhas de crime no Assentamento Vacaria

Na próxima quarta-feira, dia 3, às 15 horas, está programada nova audiência de instrução e julgamento quando serão ouvidas mais testemunhas.

Redação/ Região News

31 de Março de 2024 - 19:00

Justiça vai ouvir 4ª feira mais testemunhas de crime no Assentamento Vacaria
Fórum de Sidrolândia. Foto: Divulgação

No dia 28 de novembro de 2021, Cirleno Vaz de Almeida foi morto por volta das 12 horas com um tiro na cabeça e três golpes de facão. O crime aconteceu a 35 km da área urbana de Sidrolândia, num bar no Assentamento Vacaria, onde a vítima estava bebendo em companhia da irmã. Na próxima quarta-feira, dia 3, às 15 horas, está programada nova audiência de instrução e julgamento quando serão ouvidas mais testemunhas.

Até agora a irmã de Cirleno, Elizandra Vasques Almeida, que o acompanhava no bar e teria sido ferida de raspão pelo assassino, não foi localizada para ser ouvida em juízo. Natanael Martins Fonseca, que na noite do crime cuidava do bar, teria partido pra cima da vítima, irritado com um esbarrão de Cirleno, que conforme testemunhas, naquela altura da noite já estaria embriagado.

Natanael de Souza Pereira, confundido com o verdadeiro autor do crime que não foi capturado, só tomou conhecimento que estava sendo acusado do crime pelo qual poderia ser condenado a pena de 12 a 30 anos, no último dia 30 de novembro, quando foi notificado pelo oficial de Justiça.

O juiz da Vara Criminal de Sidrolândia até o ano passado, Cláudio Müller Pareja, acolheu a denúncia do Ministério Público, mas rejeitou o pedido de prisão preventiva. O Tribunal de Justiça rejeitou a liminar num pedido de habeas corpus para trancar a ação penal por falta de objeto. A 3ª Câmara Criminal negou o recurso apresentado pelo advogado.

A polícia tomou como base também uma mensagem por WhatsApp enviada pelo suspeito do crime para o filho do dono do bar, Escobar Ewerton, na qual informa que tinha acabado de matar um cliente.

Além da mensagem de texto, por volta da meia-noite, o Natanael que morava no Assentamento Vacaria, enviou um áudio por volta da meia-noite em que dizia:" Fala pra seu pai que matei Cirleno. Fala que na hora que a Polícia fosse para a sede do Assentamento eu iria me entregar ".

No dia seguinte ao homicídio, 29 de novembro de 2021, o então delegado Diego Dantas, encaminhou ofício à Vivo (operadora da linha do Natanael que de fato teria cometido o crime) para saber o número do CPF dele. Esta resposta nunca chegou.

Também não foi atendida a recomendação do então delegado para o SIG (Serviço de Investigações) retomar as buscas do foragido. O responsável pelo Serviço alegou que fazer novas diligências na captura do assassino seria “desperdício de recurso público”, já que ele estaria escondido em algum ponto remoto na região do Piqui.

O crime 

O proprietário do bar onde o crime aconteceu, Jorge Alves, revelou que Natanael morava há 5 meses nos fundos do estabelecimento. Ele mantinha uma banca de venda de frutas às margens da MS-162 perto dos trilhos na região do Piqui. No dia 28 de novembro, o comerciante resolveu visitar o filho e pediu que Natanael tomasse conta do bar naquela noite.

Por volta das 22 horas, quando Cirleno (conforme relato da irmã dele) já estava embriagado, de brincadeira esbarrou em Natanael que não gostou. Passou a discutir com a vítima e na sequência pegou um facão e desferiu 3 golpes nas costas do rapaz que se escondeu embaixo da mesa de bilhar até morrer após ser ferido com uma bala de espingarda.