Prefeitura entrega sementes e adubos para produção de 50 hectares de silagem no Eldorado

Com investimento de R$ 145 mil, a Prefeitura entregou na semana passada os insumos para 50 pequenos produtores cultivarem milho e capiaçu que usarão para produção de silagem destinada à alimentação do gado leiteiro, especialmente no período de seca. Esta é a segunda etapa do projeto que na fase inicial atendeu 50 assentados.

A Prefeitura entra com a semente e preparo do solo, e fica para o produtor a incumbência de acompanhar a lavoura, colher, preparar e guardar a silagem para garantir a alimentação do gado na seca, quando cai a oferta de leite no mercado e com isto o preço sobe.

Para esta nova fase do programa de fomento à produção leiteira, foram adquiridas 260 toneladas de calcário, 217 sacos de adubos e 25 de sementes. O secretário de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, Edno Ribas, se reuniu com os agricultores no sítio de dona Costa Medina, lote 139 do Eldorado 1, onde entregou os insumos.

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Serão beneficiados assentados do Alambari Fetagri; Jiboia, Eldorado 1; Capão bonito 1,2 e 3; São Pedro e Geraldo Garcia. Cada produtor recebeu dois sacos para cada assentado fazer a adubação do solo. O calcário já está nas propriedades em pontos estratégicos, aguardando os tratores para iniciar as atividades de gradagem e incorporação do insumo.

Cada produtor vai receber 2 toneladas de calcário, 10 kg de sementes de milho e aproveitará mudas de capiaçu que já dispõem na propriedade, o suficiente para cultivar 1 hectare (0,5 de milho e 0,5 de capim).

Entre os que serão beneficiados nesta fase do programa, Elivelton de Conceição, dono de um lote de 22 hectares no Eldorado 2, dos quais 4 hectares é uma área de várzea, inadequada para pecuária leiteira, além da faixa de reserva ambiental. Conta com 10 hectares de pastagens, onde mantém 12 vacas que produzem em média 130 litros de leite por dia.

A ajuda da Prefeitura para cultivar 0,5 hectare de milho e 0,5 ha de capiaçu, para produção de silagem, veio em boa hora, porque representa uma economia de R$ 5 mil. Ele reclama do preço do leite, vendido por R$ 1,90 aos laticínios que no ano passado pagavam nesta mesma época do ano pagavam R$ 2,80.

"As indústrias estão importando leite argentino e com isto vão quebrar o pequeno produtor", avalia. Elivelton também está frustrando com a dificuldade de acesso às linhas de crédito. Depois de pagar um Pronaf de R$ 7 mil, se animou a buscar recursos do plano safra da agricultura familiar para compra de um trator.

"Até agora este dinheiro (R$ 400 milhões para Mato Grosso do Sul), não chegou aos bancos. Não estão aprovando o financiamento com a alegação porque o cartório ainda não homologou emitido pelo Incra", revela. Dona Luiza Vieira de Souza, assentada no Eldorado 2, núcleo MST, o apoio da Prefeitura para o plantio de milho e capiaçu pode abrir caminho para voltar aos níveis de produção de antes da pandemia.

Até 2020, chegou a ter 52 vacas leiteiras, produzindo mais de 130 litros de leite por dia. Hoje só tem 7 vacas em lactação e 21 novilhas, com isto a produção caiu para 30 litros/dia.