Presidente da Inpasa diz que unidade de Sidrolândia vai ser novo polo de biocombustíveis

O presidente da Inpasa, José Lopes, depois de confirmar o investimento de R$ 1,2 bilhão num complexo Industrial em Sidrolândia, projeta que o empreendimento abrirá caminho para a cidade se tornar um polo da produção de biocombustível a partir do etanol do milho.

A unidade inicialmente produzirá 500 milhões de litros por ano, no formato hidrato etílico (Aehc) usado como combustível e o etílico anidro, utilizado na mistura com a gasolina. Está no planejamento um segundo módulo numa área vizinha de 48 hectares que está nos planos da empresa adquirir. O presidente da Inpasa reforçou que a planta industrial de Sidrolândia vai produzir etanol a partir de cereais utilizando toda matéria-prima que tenha amido.

“Ela entra dentro do cenário da bioeconomia. Vamos aplicar muita inovação dentro do etanol, não vai ser mais etanol de milho, e sim, é um grande passo para o etanol de cereais. Vamos consolidar uma segunda safra a nível do Brasil, em escala, fomentando alternativas. Então, a planta de Sidrolândia vai ter um diferencial. Ela vai realmente poder absorver toda a matéria-prima que tenha amido para conversão em etanol, proteína, energia elétrica, óleo, tudo que está muito bem encaixado no cenário da bioeconomia”, explica.

Como etanol é produzido a partir da fermentação do grão, o resíduo, fibras altamente proteicas do milho e das leveduras usadas na fermentação, são vendidas como DDG (Dried Distillers Grains - Grãos Secos de Destilaria) e o WDG (Wet Distillers Grains - Grãos Úmidos de Destilaria).

No caso da FS, que utiliza tecnologia norte-americana no processo, esses coprodutos saem com cerca de 40% de proteína, 10% acima da maioria dos produtos de mercado. São ideais como ração animal, além de serem usados na alimentação nos confinamentos de bovinos.

A unidade da Inpasa em Dourados tem capacidade para produzir quase um bilhão de litros de etanol por ano, 460 mil toneladas/ano de DDGS e 57 mil toneladas/dia de óleo de milho, com o consumo de quase dois bilhões de toneladas de milho no ano.