Sidrolândia completa 71 anos atraindo investimentos que vão consolidar a cidade como polo agroindustrial

Sidrolândia completa nesta quarta-feira, 11 de dezembro, 71 anos de emancipação político-administrativa, uma data de celebração histórica e de destaque pelo acelerado crescimento, impulsionado por investimentos privados que somam mais de R$ 4 bilhões. Esses investimentos consolidarão a cidade como um polo agroindustrial e corredor de entrada da futura Rota Bioceânica.

O atual ciclo de desenvolvimento deixou para trás o período de estagnação da primeira década dos anos 2000, marcado pelo fechamento da Usina Santa Olinda no Distrito de Quebra Coco, além da Via Blumenau e Tip Top, indústrias de confecções.

Desde a chegada, nos anos 80, da Agroeliane (empresa precursora da JBS), Sidrolândia tornou-se o maior polo da avicultura estadual.

Com a implantação da Usina de Etanol pela Inpasa, além de agregar valor à produção de milho usado como matéria-prima para o combustível, a cidade acompanha a onda de empreendimentos e negócios proporcionada pela transição energética, que hoje é uma estratégia mundial para reduzir o consumo de combustíveis fósseis.

A implantação do complexo industrial da Inpasa, empreendimento de R$ 2,5 bilhões que chegou a empregar 4.500 operários, é emblemática da consolidação deste boom econômico. Este cenário terá um novo salto com a chegada da citricultura em grande escala, marcada pelo plantio de 1,75 milhão de pés de laranja na Fazenda Aracoara, da Cutrale, empresa de destaque mundial na produção de suco.

A unidade da Alfa, que está introduzindo a suinocultura na cadeia produtiva da cidade, é outro marco no aprofundamento da diversificação da base econômica sidrolandense.

O presidente do Sindicato Rural, Paulo Stefanello, projeta que este ciclo de crescimento está longe de se esgotar. “Acredito que, com a demanda da Inpasa e da Alfa, haverá espaço para uma segunda safra de milho e o plantio de sorgo, matéria-prima para o etanol”, avalia. Por causa da sua posição geográfica estratégica, como corredor da Rota Bioceânica, Stefanello acredita que empresas do segmento logístico, complexos de armazenagem e centros de distribuição se instalarão na cidade.

“Há espaço para expansão do plantio com aproveitamento de áreas degradadas que antes eram destinadas à pastagem. Temos também a possibilidade de ampliar as parcerias nas áreas de assentamento”, destaca.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gerson Claro, também exalta o bom momento econômico da cidade, mas defende novos investimentos em infraestrutura para absorver a demanda gerada por esses empreendimentos. A duplicação da BR-060, o contorno rodoviário e a construção de um aeródromo estão entre as obras estruturantes que Gerson tem reivindicado.