Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Domingo, 22 de Setembro de 2024

SIDROLÂNDIA- MS

Sidrolândia sofre com calorão de quase 40°C e clima seco requer cuidados com a saúde

Com esse bloqueio, o Estado pode enfrentar a maior temperatura do ano.

Heloisa Duim, Programa de Estágio Supervisionado

06 de Outubro de 2023 - 14:15

Sidrolândia sofre com calorão de quase 40°C e clima seco requer cuidados com a saúde
Sidrolândia, coberta por uma fumaça densa de calor. Foto: Marco Tomé/Região News.

A onda de calor continua castigando Sidrolândia, assim como todo o Estado. Nesta sexta-feira chegou a 39°C, com sensação térmica acima dos 40°C. A meteorologia prevê que daqui uma semana, a temperatura pode atingir os 43°C.

Essas temperaturas elevadas são causadas por conta de um bloqueio atmosférico aliado ao El Niño - fenômeno natural caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico Equatorial, que favorece uma intensa onda de calor.

Com esse bloqueio, o Estado pode enfrentar a maior temperatura do ano. Até o momento, a temperatura mais elevada foi registrada na região Norte de Mato Grosso do Sul, em Pedro Gomes, com 40,7°C, no dia 17 de setembro de 2023. Na mesma data, Água Clara e Porto Murtinho registraram, respectivamente, 40,6°C e 40,3°C.

Aliado à previsão de altas temperaturas, esperam-se ainda baixos valores de umidade relativa do ar, que podem variar entre 10% e 20%, com destaque nas regiões Pantaneira, Sudoeste e Norte do Estado.

Segundo o médico e responsável clínico pelo Ciatox (Centro de Informação e Assistência Toxicológica), Alexandre Moretti de Lima, a baixa umidade relativa do ar acarreta riscos à saúde e pode resultar, principalmente, em doenças respiratórias e virais.

Isso impacta nas doenças respiratórias, como rinite, sinusite e, às vezes, até pneumonia. É um grande risco para a saúde, principalmente para a saúde respiratória. Além disso, também aumenta a chance de doenças virais. Os vírus predominam nessa situação”. Alexandre Moretti de Lima.

Além dos impactos causados pelos baixos índices de umidade do ar, as altas temperaturas ainda somam perigos para a saúde como um todo. “Ela vai gerar um risco de maior insolação, queimadura aguda e desidratação, principalmente na pele. Quando a gente perde líquido, perde também eletrólitos e corre o risco de sofrer arritmia cardíaca, alteração da condição cardíaca e morte”.

Cuidados a serem tomados

Entre as recomendações para lidar com a onda de calor em Mato Grosso do Sul, o Cemtec orienta beber bastante líquido e evitar exposição ao sol nos horários mais quentes e secos do dia. Além disso, o médico Alexandre Moretti destaca que todo excesso deve ser evitado, seja ele de calor ou de frio.

“Como a gente não consegue mudar a natureza, devemos evitar sair durante esses períodos, evitar os picos de altas temperaturas e exercícios extenuantes, assim como buscar sombras, tomar bastante líquido, usar roupas leves e ficar sempre em lugares frescos e ventilados”.

Para driblar os baixos índices de umidade do ar e as doenças respiratórias em meio às ondas de calor, o médico indica manter os ambientes úmidos com umidificadores de ar ou baldes de água. Banhos demorados e muito quentes também devem ser evitados, visto que a pele também tende a ficar mais seca e desidratada.