SIDROLÂNDIA- MS
Só em abril, 5 crianças e adolescentes foram resgatados em Sidrolândia do tráfico
O impacto do tráfico de drogas em Sidrolândia: crianças e adolescentes envolvidos como efeito colateral.
Redação/Região News
26 de Abril de 2024 - 07:10
As ações das forças de segurança contra o tráfico de drogas em Sidrolândia nas últimas três semanas resultaram no resgaste de 5 crianças e adolescentes, dois deles diretamente recrutados para transportar drogas. Um bebê de um ano e 8 meses está na casa de acolhimento porque a mãe o levou na viagem até Ponta Porã, de onde estava trazendo na bagagem de quase 2 quilos de maconha.
Já o fechamento da "boca do Caçapa", na Rua Afonso Pena, que resultou na prisão na de G.L.S, teve como consequência o acolhimento temporário dos três irmãos. A mais velha, uma menina de 10 anos que fugiu da batida porque levava droga, mas roupas íntimas, teve a guarda provisória entregue a uma avó que mora no Paraná.
Os outros dois irmãos, uma menina de três anos e um menino de um ano e três meses, está com um tio casado que foi localizado pelo Conselho Tutelar. O marido da mãe das crianças está preso desde o ano passado por ter agredido um idoso que chegou a ficar inconsciente diante da gravidade dos ferimentos. Ele tem várias passagens por tráfico de drogas e condenação por homicídio.
O adolescente de 14 anos apreendido pela Polícia Militar na sexta-feira passada com mais de 1 kg de skunk, droga avaliada em R$ 15 mil, sob supervisão da Justiça, foi colocado na terça-feira no ônibus em Campo Grande com destino a Aparecida de Goiânia onde mora o pai dele. Ao ser abordado pela Polícia Militar, viajando num ônibus que faz a linha Ponta Porã/Campo Grande, ele disse ter sido contratado para levar a droga até Goiânia, onde receberia R$ 1 mil pelo serviço.
O uso de "mulas" adolescentes, em especial, mulheres mães de filhos com menos de 12 anos, tem sido uma estratégia dos traficantes, que seduzem essas pessoas com a ideia de caso sejam flagradas pela Policia não ficaram numa penitenciária, sendo beneficiadas com prisão domiciliar para cuidarem das crianças, conforme está previsto na lei.
Isto não funcionou para a mãe do bebê de um ano e 8 meses, nem para a dona da boca de fumo, pelo menos até serem sentenciadas. No caso de C.M.S presa em outubro do ano passado com 25 kg de maconha, ela conseguiu o benefício da prisão domiciliar em São Paulo, para cuidar do filho de 5 anos de idade . Pesou em seu favor, o fato de não ter antecedentes criminais.