Termina sem acordo 1ª rodada de negociação salarial entre JBS e o Sindaves

Não houve acordo na 1ª rodada de negociação salarial entre a JBS e os trabalhadores da empresa em Sidrolândia que tem convenção coletiva neste mês. Uma nova rodada de negociação está programada para depois de 10 de dezembro. Segundo o vice-presidente do Sindaves, Sérgio Bolzan, a proposta patronal foi rejeitada, porque além de não trazer avanços, retira conquistas obtidas ao longo de anos.

A empresa propõe reajuste salarial de 4,4% (INPC acumulado de outubro/2022 a outubro de 2023) retroativo a 1⁰ de novembro. Correção de 4% no PPR (Programa de Participação nos Resultados), que subiria para R$ 1.365,00, mas seria pago em duas parcelas ao invés de uma parcela.

Substituição da cesta básica por um cartão de compras no valor equivalente ao preço atual da cesta sem a incorporação da cesta de novos itens. O cartão, lembra Bolzan teria um valor congelado até a próxima convenção daqui a um ano, período no qual muitos itens vão ficar mais caros.

Pela proposta patronal, os trabalhadores afastados por problemas de saúde não teriam direito ao carro. O desconto do vale transporte passaria de 3,6 para 6% do salário base. A empresa quer autorização para o trabalho em áreas insalubres e a criação do banco de horas para compensar horas extras.

Na avaliação de Bolzan, a proposta da JBS é inaceitável porque ao invés de avanço, retrocede em várias conquistas obtidas ao longo de anos de negociação. Atualmente o piso salarial dos mais de 2 mil trabalhadores da JBS é de R$ 1.476,00. O Sindaves reivindicada reajuste salarial de 10%.