Traficante condenada a 6 anos e 11 meses vai para regime semiaberto

Desde a semana passada, T.P.S., 26 anos, ganhou o direito de ficar em liberdade durante o dia, usando tornozeleira eletrônica, passando à noite na cadeia. Ela ficou três meses recolhida numa cela do Presídio Feminino Irmã Zorzi, em Campo Grande, após ser presa em junho passado com 27,2 kg de maconha.

A traficante foi sentenciada pelo juiz criminal de Sidrolândia, Fernando Moreira Freitas da Silva. O juiz optou por condenar a jovem a um regime de prisão menos rigoroso, levando em conta que a ré não tem antecedentes criminais e nem foram identificados indícios, ao longo do processo de instrução criminal, de que ela se dedique a atividades criminosas ou integre alguma organização. Interrogada pelos policiais que a prenderam, confessou que, em companhia do namorado, viajou do Ceará até Ponta Porã para levar droga até Fortaleza, com a promessa de recebimento de R$ 5 mil.

"O fato de que ficou caracterizado o tráfico interestadual”, isoladamente considerado, “não conduz à conclusão de que a agente figura como componente de organização criminosa", destacou o juiz na sentença.

A jovem foi presa junto com o namorado por uma guarnição da Polícia Militar que fazia uma barreira na MS-162, saída para Maracaju. Os policiais que fizeram inspeção em um ônibus que faz a linha Ponta Porã/Campo Grande desconfiaram do comportamento dos passageiros sentados nas poltronas 16 e 17; nesta última, viajava a jovem e, ao lado dela, o namorado, J.E.V. Na bagagem dele, a guarnição encontrou 37 quilos de maconha distribuídos em 35 tabletes. Ele admitiu que receberia R$ 4 mil pelo serviço. O rapaz, que permanece preso, será sentenciado logo após a audiência de instrução e julgamento marcada para o próximo dia 12 de novembro.