Vereador denuncia inchaço da folha de pagamento e critica setores da Educação na Câmara

Na última sessão ordinária da Câmara Municipal na terça-feira (18) o vereador Cledinaldo Cotócio fez duras críticas à gestão do prefeito Rodrigo Basso, alertando sobre o inchaço da folha de pagamento e questionando a atuação do secretário de Educação, Villi Marcos Tognon.

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Cotócio aconselhou o prefeito a rever a descentralização administrativa que concedeu plenos poderes aos secretários para nomeação e definição salarial de seus assessores. Segundo o vereador, essa decisão criou “super secretários” que estariam elevando os custos da administração municipal.

“O resultado é que a folha de pagamento da Prefeitura superou R$ 11 milhões, o mesmo valor do ano passado, mesmo com 623 servidores a menos”, afirmou.

O parlamentar foi especialmente crítico à condução da Secretaria de Educação. Ele acusou Tognon de adotar um estilo autoritário e de tentar reduzir a atuação do Conselho do Fundeb, órgão responsável por fiscalizar a aplicação dos recursos educacionais. Além disso, denunciou que funcionários responsáveis pela limpeza das escolas rurais teriam sido proibidos de almoçar junto com os alunos. Cotócio também apontou falhas no planejamento da pasta, destacando que, até o momento, a compra dos kits e uniformes escolares ainda não foi licitada. “Não sei o que o secretário fez durante os 90 dias na equipe de transição. Ele e os demais secretários tiveram tempo de sobra para organizar os processos de compra, que poderiam ter sido feitos com dispensa de licitação, conforme autoriza o decreto de emergência assinado pelo prefeito”, declarou.

O que diz o secretário

O secretário Villi Marcos Tognon contestou uma a uma as críticas do vereador que na sua avaliação deveria se ter procurado a Secretaria para melhor esclarecimento antes de subir na tribuna para tecer tais  críticas. Villi garantiu que não planejou, muito menos promoveu qualquer mudança na composição do conselho de fiscalização do Fundeb instituído por uma lei federal que só o Governo Federal, com aval do Congresso Nacional, pode mudar.

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Quanto às insinuações do vereador de que haveriam super salários nas Educação, inchaço da folha com a nomeação de comissionados, o secretário garante que pelo contrário adotou medidas de enxugamento e austeridade. O objetivo é garantir fôlego financeiro suficiente para viabilizar melhorias salariais aos servidores administrativos com a aprovação do novo plano de cargos e salários da categoria. Houve também o corte de aulas excedentes concedidas para melhorar o salário de apadrinhados que não ministravam as aulas adicionais. Também houve redução de 400 contratações de servidores administrativos temporários.

O secretário esclareceu ainda que em abril haverá a entrega dos uniformes e kits escolares. "É preciso seguir as normas e regras da administração pública, como o início da execução orçamentária, obedecer ao rito da lei das licitações ", explica. Já está em processo de aquisição dos informes com a utilização do saldo do contrato que tem vigência até setembro e de adesão a uma de registro de preço para compra dos kits escolares.