SIDROLÂNDIA- MS
Vereadores da base dizem que oposição deu às costas para cidade ao votar contra Inpasa
Em entrevista ao RN, Carlos Henrique disse que a oposição votou contra a proposta ao adotar um posicionamento inconsequente.
Redação/Região News
09 de Abril de 2024 - 16:39
Os vereadores Carlos Henrique e Cledinaldo Cotócio, que integram a base da prefeita na Câmara Municipal, foram à tribuna para uma defesa veemente do projeto que autoriza a Prefeitura doar uma área de 41 hectares, onde a Inpasa vai implantar a segunda etapa do seu complexo industrial.
Em entrevista ao RN, Carlos Henrique disse que a oposição votou contra a proposta (aprovada por 10 parlamentares) ao adotar um posicionamento inconsequente de oposição pela oposição, dando "as costas para os interesses da população, aparentemente ignorando o impacto positivo que os investimentos da Inpasa já estão trazendo a Sidrolândia”.
"A cidade passa por um momento de expansão econômica. Como ignorar que graças a chegada da Inpasa, além de 1.200 empregos gerados, praticamente todos os segmentos da economia estão sendo beneficiados, seja no comércio, construção civil, segmento de serviços", avaliou Carlos Henrique, que acha lamentável vereadores e setores empresariais, se oporem ao projeto simplesmente por serem contra a reeleição da prefeita.
"Independente do resultado da eleição, quem se eleger ou se reeleger, a Inpasa vai continuar gerando emprego e renda, agregando valor a produção agrícola do município", destaca Carlos Henrique que não poupou um grupo de manifestantes liderados por produtores rurais. "Estranho que muitos dos senhores, quando os diretores da Inpasa estão na cidade estendem o tapete vermelho pra eles passarem", observa.
Votação do Projeto
Os vereadores Enelvo Júnior, Ademir Gabardo, Cristina Fiúza, Adavilton Brandão e Cleiton Martins, deram os 5 votos pela rejeição do projeto que autoriza a Prefeitura doar uma área de 41 hectares para a Inpasa construir a segunda etapa do complexo industrial da Inpasa.
Eles garantem que são favoráveis à ampliação do empreendimento que resultará em quase R$ 1 bilhão de investimento, mas decidiram votar contra a proposta, seguindo o parecer da Procuradoria Jurídica da Câmara, Camila Zaidan. Na semana passada a procuradoria se manifestou contrária à votação do projeto neste período pré-eleitoral por causa do risco de os vereadores incorrerem em crime eleitoral com risco de se tornar inelegível.
"Não sou contra a doação do terreno para a Inpasa, mas aprovar o projeto neste momento não seria adequado por causa do período eleitoral", argumenta Enelvo Júnior que acredita que o Governo do Estado deveria conduzir todo o processo de desapropriação, já que arcou com a indenização do proprietário e não haveria questionamento porque o processo eleitoral é no âmbito do município.