Brasil atropela, vai à semi e já pensa na Itália

Após o triunfo sobre a Alemanha, nesta quarta, os jogadores da seleção já estão com a cabeça no provável confronto com os italianos. A rivalidade entre os países subiu o tom com a troca de farpas desde o início do Mundial. Os comandados de Bernardinho temem provocações até fora da quadra, mas prometem responder na bola.

- Eu joguei com alguns italianos, assim como outros atletas da seleção. Com essa coisa de regulamento, eles foram os mais prejudicados. Todo mundo acabou se voltando contra os caras, mas eles vão jogar de casa cheia e podem entrar numa de querer provocar. Se provocarem, vão ter de volta. A gente não vai deixar - garantiu o ponteiro Murilo, que morou quatro anos Itália, sendo três em Modena e um em Valentia.

Leandro Vissotto reclamou do tratamento que a seleção vem recebendo na Itália.

- Todo mundo sabe o quanto estamos sendo discriminados aqui. Como a gente venceu e passou a superá-los, isso incomoda eles. Mas nossa resposta é na bola, tem que ser na bola – afirmou o oposto em entrevista ao SporTV.

Mesmo antes da definição do adversário da semifinal, Dante já espera percalços extra-quadra.

- Está claro que, se eles quiserem atrapalhar a caminhada do Brasil, vão atrapalhar. Digo aqui na quadra, no hotel... agora está até melhorando, mas aqui a gente não pode aquecer na quadra, tem muita coisa assim – reclamou Dante ao SporTV.

A troca de farpas entre Brasil e Itália começou antes do campeonato, com o técnico Bernardinho e os jogadores reclamando que o regulamento foi feito para favorecer os donos da casa. Por causa disso, a seleção poupou atletas e entrou sem ânimo para enfrentar a Bulgária no fim da segunda fase. Perdeu o jogo por 3 a 0 e despertou a ira dos italianos. Da imprensa do país até o ex-jogador Zorzi, todos criticaram a postura do Brasil. Nas semifinais, se a anfitriã avançar, os times terão a oportunidade de resolver as diferenças na bola.