Sidrolandia
Com Dilma e Serra parecidos, nota do Brasil deve subir, diz agência
A nota de risco do Brasil deve melhorar pela classificação da agência Fitch, e o que vai ajudar nisso são a economia e a política.
Uol Economia
28 de Junho de 2010 - 16:20
A perspectiva de "rating" (nota de risco de crédito) foi aumentada de "estável" para "positivo". Isso significa que há mais segurança para o investidor e menos risco de calote.
Na política, a agência diz que os principais partidos devem manter a linha econômica atual, e isso é positivo. Ou seja, não importa quem vai ganhar a eleição presidencial: Dilma Roussef (PT) ou José Serra (PSDB) devem continuar com as linhas-mestras das soluções macroeconômicas já adotadas.
No campo econômico, a Fitch considera que a recuperação da atividade do país está rápida.
A entidade considera que a revisão da perspectiva reflete um desempenho econômico e resistência melhores do que o esperado em face da recessão global. Juntamente com políticas econômicas relativamente prudentes, esses fatores podem melhorar a renda per capita do país e as taxas de solvência fiscal (capacidade de pagamento de dívidas).
"Uma estrutura de política macroeconômica prudente corroborada por regimes de taxa de câmbio flexíveis e meta de inflação, um balanço externo forte, um setor financeiro saudável e um consenso na condução das políticas econômicas entre os principais partidos políticos contribuem para os ratings de grau de investimento do Brasil", observou a Fitch em nota.
A chefe de Soberanos da Fitch na América Latina, Shelly Shetty, sustentou que o Brasil tem conseguido lidar bem com a crise global de crédito e "atualmente experimenta uma das recuperações mais rápidas entre os principais mercados emergentes e soberanos na faixa BBB".
Para este ano, a Fitch projeta um crescimento econômico brasileiro de 7%, em comparação com a média da faixa BBB de 3,7%. A agência não espera uma mudança significativa na direção das políticas econômicas após as eleições presidenciais de outubro.