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Sidrolandia

Construtora mexicana não consegue preencher vagas

Nesta terça-feira ainda havia 566 vagas na área operacional em aberto, quase 40% do total

Campo Grande News

08 de Junho de 2010 - 13:47

A Funsat está concentrando esforços desde o fim do mês passado para preencher as 1.440 vagas oferecidas pela construtora mexicana Homex, mas encontra dificuldades para preencher vagas operacionais, de trabalhadores que vão atuar diretamente na obra, como pedreiros, azulejistas e mestre-de-obras, por exemplo. Nesta terça-feira ainda havia 566 vagas na área operacional em aberto, quase 40% do total.

O movimento de pessoas que procuram vagas de trabalho é intenso, mas a maioria para outras áreas. Desde o dia 31 de maio passaram pela Funsat 2.223 trabalhadores. Foram encaminhados para entrevista 660, basicamente correspondendo à demanda da área administrativa da Homex.

Além do trabalho na própria Funsat, na Avenida Eduardo Elias Zahran, as ações itinerantes percorrem os bairros (consulte aqui a agenda), mas diretora de intermediação de empregos, Irineis Donatoni, afirma que há um paradoxo: a procura por empregos é grande mas há dificuldades para atender à demanda no setor operacional.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário, Samuel da Silva Freiras, esteve na manhã de hoje com a responsável pelo setor de Recursos Humanos da Homex. Ficou acertado que a entidade vai receber uma minuta da proposta de contratação da empresa e organizar um banco de dados.

Samuel disse que questionou se as mulheres formadas em curso de qualificação serão aceitas na empresa e que recebeu resposta positiva. “Hoje ainda há muito preconceito e várias dessas mulheres, que estão qualificadas, são chefes de família", diz.

Concorrência – Quanto às dificuldades para preencher as vagas operacionais, Samuel destacou que hoje a procura por mão-de-obra é acirrada e quem der mais incentivos consegue preencher seus quadros. “Tem muita gente assediando trabalhadores nas saídas de obras”, diz Samuel.

Adriano Araújo da Silva, 37 anos, está desempregado e diz que há seis meses procura oportunidade de emprego. Na Homex vislumbra vaga de servente. Ele disse que viu na internet que os salários são bons. “As firmas daqui pagam pouco e também são poucos os benefícios. As empresas que vêm de fora trazem mais oportunidades”, avalia.