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Sidrolandia

Crime foi planejado e friamente executado, diz delegado do caso Bruno

Bruno e Macarrão estavam com prisão temporária decretada pela acusação de atrapalhar a investigação sobre o desaparecimento de Eliza.

Uol Notícias

08 de Julho de 2010 - 13:00

Em entrevista coletiva concedida na manhã desta quinta-feira (8), o delegado Edson Moreira, que conduz as investigações sobre a morte de Eliza Samudio, afirmou que o crime foi “premeditado, planejado e friamente executado”. O goleiro Bruno, do Flamengo, se entregou à polícia ontem após ter tido a prisão temporária decretada em Minas Gerais e no Rio de Janeiro.

O advogado responsável pela defesa do goleiro Bruno Souza, Michel Assef Filho, anunciou na manhã desta quinta-feira (8) que abandonou o caso. "Estou deixando a causa oficialmente porque há um conflito de interesses entre o Flamengo e o atleta. Quem vai assumir a causa é um advogado de Minas Gerais. É o Dr. Quaresma”, afirmou, referindo-se a Ércio Quaresma Firpe, que defende a mulher de Bruno, Dayanne de Souza. Assef representa o Flamengo.

O advogado esteve nesta manhã na Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca, visitando seu cliente. Também está preso o amigo do goleiro, Luiz Henrique Romão, o Macarrão.

Bruno e Macarrão passaram a noite presos em celas separadas. Ontem à noite, negaram envolvimento no desaparecimento de Eliza e informaram que só responderão em juízo.

Os dois não receberam visitas até o momento, e segundo informações de policiais, não comem e não tomam banho desde ontem. No local, eles só podem beber água e usar o banheiro.

Na sua chegada ao local, o jogador rubro-negro foi insultado por cerca de 200 curiosos que o chamavam de assassino. Bruno e Macarrão estavam com prisão temporária decretada pela acusação de atrapalhar a investigação sobre o desaparecimento de Eliza.

Eles podem ser encaminhados ainda hoje para Belo Horizonte, onde está sendo investigado o crime de homicídio. A transferência depende da autorização da  38ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, o que pode ocorrer ainda nesta tarde.

O juiz de plantão da vara, Alberto Fraga, declinou da competência de julgar e conceder a autorização para o deslocamento dos suspeitos.

Caso a Justiça fluminense negue o pedido de transferência, Bruno e Macarrão devem ser transferidos para a Polinter do Grajaí.