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Sidrolandia

Délia diz que prioridade é restabelecer ordem no Legislativo

No entendimento do MPE (Ministério Público Estadual), Délia já poderia assumir o comando da prefeitura, solicitando o cargo ao judiciário

Diario MS

16 de Setembro de 2010 - 08:55

Eleita na segunda-feira como a nova presidente da Câmara de Vereadores Dourados, a vereadora Délia Razuk (PMDB), informou ontem, via assessoria, que não vai pedir à Justiça para assumir a prefeitura de Dourados.

Atualmente, a prefeitura é comandada interinamente pelo juiz Eduardo Machado Rocha, por decisão do TJ (Tribunal de Justiça) de Mato Grosso do Sul. Délia Razuk informou que a prioridade é restabelecer para restabelecer a ordem na Câmara, para que o legislativo e o executivo municipal possam exercer suas funções com empenho e segurança. “Por enquanto não tem nenhuma conversa nesse sentido, isso é com o MPE e com a Justiça, eu não estou pedindo nada e nem quero me posicionar acerca deste assunto”, declarou a vereadora ao Campo Grande News.

Atualmente, há duas linhas de entendimento a respeito da questão: uma delas seria Délia assumir naturalmente a Prefeitura de Dourados, já que foi eleita presidente da Câmara e é a primeira na linha sucessória. A outra possibilidade é que a Câmara, agora recomposta, peça a cassação do prefeito Ari Artuzi e consequentemente novas eleições no município.

Isto porque o prefeito Ari Artuzi está preso, acusado de corrupção e pagamento de propina a vereadores, assim como o vice, Carlinhos Cantor (PR). Os vereadores Sidlei Alves (DEM) e Zezinho da Farmácia (PSDB) renunciaram à presidência e vice da Câmara, dando lugar a Délia e Dirceu Longhi (PT).

No entendimento do MPE (Ministério Público Estadual), Délia já poderia assumir o comando da prefeitura, solicitando o cargo ao judiciário. Caso a vereadora seja empossada como prefeita interina, a presidência da Câmara passaria a ser ocupada por Longhi.

CASSAÇÃO

A vereadora também informou, via assessoria, que a Câmara pretende definir até a sessão da próxima semana os três membros titulares que vão coordenar os trabalhos da comissão processante que poderá cassar o mandato de Artuzi. A comissão será criada depois que os vereadores aprovaram o relatório da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Saúde, que recomendou a cassação do mandato do prefeito eleito após constatar diversas irregularidades e indícios sobre o desvio de parte do dinheiro destinado a saúde pública do município.