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Sidrolandia

Eleitos e derrotados retomam trabalho agradecendo apoio

Campo Grande News

06 de Outubro de 2010 - 11:01

O primeiro dia de sessão na Assembleia Legislativa e Câmara de Vereadores de Campo Grande foi de comemoração para eleitos e reeleitos no pleito do último domingo e de lamento para quem não conseguiu apoio suficiente nas urnas.

Segundo deputado mais bem votado para seu quinto mandato consecutivo, com 41.952 votos, Zé Teixeira (DEM) disse que fez este ano uma campanha mais técnica. Sua principal cabo eleitoral foi a esposa, Ivanilde, que visitou famílias e atendeu eleitores no escritório político do parlamentar.

Paulo Duarte (PT), que tem base eleitoral na região do Pantanal, agradeceu principalmente a Corumbá, sua terra natal, pela votação expressiva. Ele obteve 40.991 votos e foi o terceiro melhor colocado no cômputo geral. Pelo menos metade desses votos veio de Corumbá.

Carlos Marun (PMDB), o quarto mais bem votado, com 40.163 votos, creditou o sucesso à sua atuação no setor de habitação. Aliás, ele deve retornar à pasta e dar lugar ao tucano Rinaldo Modesto, que ficou como primeiro suplente da chapa.

O deputado Paulo Corrêa, também reeleito pelo PR, disse que fez uma campanha muito bonita, de contato com o eleitor e que a renovação de sua aliança com a comunidade aumenta sua responsabilidade pelos próximos quatro anos.

Alguns derrotados nas urnas também compareceram na rápida sessão que a Assembleia Legislativa realizou nesta manhã. Pedro Teruel, do PT, ficou como terceiro suplente de sua chapa, depois de três mandatos consecutivos.

Pelo tom de suas declarações, pretende “pendurar as chuteiras” após o fim deste mandato. “Existem outras formas de trabalhar pelo social. O mandato é uma ferramenta, mas podemos atuar sem ele”, declarou.

Ele garantiu que não disputará nem a prefeitura de Campo Grande e nem vaga na Câmara de Vereadores em 2012. “O processo eleitoral é muito hostil, desgastante física e psicologicamente, é muito complicado, por enquanto não penso em nada na área política. Vou apenas terminar meu mandato”, disse.

Líder do governo na Casa, Youssif também não conseguiu se reeleger, ficando com a segunda suplência. Ele apontou a pulverização dos votos em Campo Grande e seu problema de saúde nos últimos dias de campanha como fatores preponderantes para a derrota nas urnas.

“Perdi o mandato de deputado, mas ganhei mandato da vida com a recuperação da minha saúde”, detalhou, lembrando da angioplastia pela qual teve de passar nos últimos dias de campanha, devido a um início de infarto.

Akira Otsubo (PMDB) também ficou na suplência na corrida pela Câmara dos Deputados. Esteve na sessão desta manhã, mas não falou com a imprensa.

Câmara – Todos os seis vereadores de Campo Grande que concorreram ao cargo de deputado estadual nestas eleições compareceram à sessão desta manhã. Uns para festejar e agradecer os votos recebidos, e outros para receber abraços de conforto.

Cabo Almi (PT), que conseguiu se eleger depois de quatro tentativas, disse que sua vitória prova que só consegue quem “acredita e tem respeito pela população”.

Garantiu que não vai mudar seu modo de atuação e agradeceu a policiais militares, guardas municipais e movimentos sociais que colaboraram com sua eleição.

“Vou para a Assembleia para trabalhar, trabalhar e trabalhar”, disse.

Lídio Lopes (PP), que ficou na primeira suplência com mais votos do que candidatos que conseguiram se eleger, disse que só tem a agradecer quem lhe depositou confiança neste pleito.

“Consegui 18.326 votos com apenas um ano e meio de vereador, então só tenho a agradecer. Continuamos aqui trabalhando”, afirmou.

A petista Thais Helena recebeu 9.136 votos e disse que sua primeira campanha para deputada estadual serviu como uma boa experiência.

“É uma campanha diferente da de vereador, mas tudo serve de experiência. Agradeço a votação que tive e continuo o trabalho aqui”, declarou.

Marcelo Bluma (PV) também disputou sua primeira eleição à Assembleia, mas ficou longe da vitória. Faltaram mais de 12 mil votos para sua chapa conseguir legenda e fazer um deputado.

“Já em setembro avaliamos que não ia dar e começamos a puxar o freio, fazendo uma campanha mais com os amigos. Não dá pra fazer loucura”, avaliou Bluma, que teve apenas 4.088 votos.

Paulo Pedra (PDT) foi mais radical e creditou sua derrota ao “uso da máquina” pelos adversários. “A máquina do governo entrou com tudo. Eu fiz uma campanha muito vinculada ao Dagoberto Nogueira (que disputou e perdeu o Senado). Eu perdi 10 mil votos e ele perdeu 100 mil no final”, reclamou.