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Sidrolandia

Governador do DF descumpre acordo e se lança candidato

"É nosso compromisso abrir mão da disputa de qualquer cargo eletivo nas próximas eleições", disse Rogério Rosso no discurso de posse, em frente aos deputados distritais que o elegeram.

Redação de noticia

17 de Junho de 2010 - 16:16

O governador do Distrito Federal, Rogério Rosso (PMDB), eleito pelos deputados distritais para um mandato-tampão de oito meses, se lançou nesta quinta-feira candidato à reeleição pelo PMDB e quebrou sua promessa de não concorrer a nenhum cargo em outubro.

A candidatura de Rosso coloca em xeque o acordo feito pelo PMDB com o PT, que haviam decidido formar chapa única. O petista Agnelo Queiroz seria o candidato a governador, com o presidente regional do PMDB, deputado Tadeu Filipelli, com vice.

Com a inscrição da candidatura de Rosso, a decisão final será da convenção partidária que acontece no sábado. Quando foi eleito para o mandato-tampão, com o objetivo de estancar a crise institucional no DF, Rosso havia garantido que não concorreria a nenhum cargo em 2010.

"É nosso compromisso abrir mão da disputa de qualquer cargo eletivo nas próximas eleições", disse Rogério Rosso no discurso de posse, em frente aos deputados distritais que o elegeram.

Passados dois meses com o governo do DF nas mãos, Rogério Rosso mudou de ideia. Em carta entregue ao presidente regional do PMDB, Rosso diz que a polarização entre PT e o candidato Joaquim Roriz (PSC, ex-PMDB) não é um desejo da sociedade. Por isso, sugere uma terceira via.

"Entendo que o PMDB tem excelentes nomes que podem cumprir esta missão, inclusive o de vossa excelência. A polarização entre as tradicionais forças políticas não traduz, na minha opinião, os anseios da nossa sociedade".

Na carta, contudo, Rogério Rosso diz que não tem nada contra o PT e elogia o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Tenho respeito à história do PT-DF. Não se trata de ser contra pessoa, mas sim o desejo de ampliar os debates", escreveu. "Estou na esperança de que a aliança nacional PMDB-PT possa sair vitoriosa e dar continuidade, até mesmo aprimorar o fabuloso trabalho, o legado deixado pelo presidente Lula".