Mesmo sob risco, PDT oficializa candidatura de Dagoberto

Mesmo sob risco de ficar inelegível por ter sido condenado pelo Tribunal de Justiça, acusado de improbidade administrativa, o deputado federal Dagoberto Nogueira teve seu nome homologado na convenção do PDT, neste domingo em Campo Grande, para disputar o Senado nas eleições de outubro.

Os candidatos a suplentes de Dagoberto escolhidos foram a ex-primeira-dama Gilda dos Santos, e o secretário-geral do PP, Raimundo Nonato de Carvalho, ex-assessor parlamentar do deputado federal Antonio Cruz (PP).

Apesar das dificuldades para viabilizar sua candidatura, Dagoberto deseja enfrentar nas urnas em outubro, adversários como o deputado federal Waldemir Moka (PMDB) e o vice-governador Murilo Zauith (DEM).

Na disputa pelas 24 cadeiras da Assembléia Legislativa, o PDT participará das eleições deste ano junto com partidos de menor expressão eleitoral, os chamados nanicos, como PSL. Outra chapa será formada por PV, PCdoB e PRP.

A convenção do PDT apresentou duas surpresas: a presença do senador Valter Pereira (PMDB) e o fato de o ex-governador Zeca do PT ter antecipado em um dia o anúncio oficial de sua vice, Tatiana Azambuja Ujacow (PV), uma vez que sua pretensão era apresentá-la na terça-feira (29), véspera da convenção na qual o PT homologará suas candidaturas ao governo, ao Senado e aos cargos proporcionais (Assembléia Legislativa e Câmara dos Deputados).

Depois de permanecer por várias horas no local, Zeca foi até a Câmara de Vereadores, onde o PV promovia sua convenção, retornando em seguida trazendo à “tira-colo” sua companheira de palanque.

A presença de Valter Pereira no evento surpreendeu a todos.  Abordado por jornalistas, o senador disse que irá apoiar a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, seguindo orientação da cúpula nacional do PMDB.

O senador admitiu apoiar a candidatura de Dagoberto ao Senado, lembrando que o pedetista já foi seu chefe de gabinete quando exerceu cargo na Câmara Federal.

Ele disse que não subirá no palanque do governador André Puccinelli (PMDB), que busca a reeleição, alegando que jamais poderia apoiar uma pessoa com quem rompeu politicamente, principalmente depois de  um discurso contundente na tribuna do Senado.

Após ser cumprimentado pelas principais lideranças do PDT e do PT que compareceram à convenção, inclusive Zeca, Valter deixou o local do encontro. Alijado da disputa à reeleição, o senador abriu dissidência no PMDB, tendo inclusive ameaçado abandonar o partido do qual foi um dos fundadores à época de MDB.

O senador perdeu espaço político após ser derrotado nas prévias do partido por Moka.

PV

Depois de participar da convenção de seu partido, Tatiana e dirigiu ao encontro estadual do PDT e confirmada na vaga. Ela é de Dourados e começou a vida política trabalhando com as causas indígenas.

A advogada disse ser uma admiradora do ex-governador petista e prometeu trabalhar para ajuda-lo a retomar o governo.

A chapa petista está praticamente completa, faltando apenas a indicação dos dois suplentes de Delcídio do Amaral.