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Sidrolandia

MP diz que não há denúncia contra Passaia

Dourados Agora

16 de Setembro de 2010 - 09:37

O promotor Paulo Zeni, que ofereceu denúncia da Operação Uragani (furacão, em italiano) disse ao Douradosagora esta manhã que não há, até agora, nada contra o ex-secretário de Governo Eleandro Passaia. O então ‘braço direito’ do prefeito Ari Artuzi (PDT) denunciou suposto esquema que levou à prisão chefes do Executivo e Legislativo. De acordo com relatório oficial assinado pelo delegado Bráulio Galloni, o prefeito, vice-prefeito Carlinhos Cantor, presidente da Câmara Sidlei Alves, a primeira-dama Maria Artuzi, vereadores, secretários e outros servidores, além de empresários foram indiciados, num total de 60.

Em entrevista ao Douradosgora, esta manhã, o promotor Paulo Zeni explica que Eleandro Passaia aceitou celebrar acordo de delação premiada com o Ministério Público, mecanismo que garantiria direitos a ambas partes. Ao MP, caso mais adiante porventura aparecesse nas investigações denúncias contra o próprio Passaia (MP é obrigado a acatar, não pode escolher a quem processar). E a Passaia, que se dispôs a colaborar para desarticular o esquema, a garantia de que se ele fosse denunciado por qualquer das partes acusadas, pudesse se valer da prerrogativa da delação. No entanto, Zeni diz que até o momento, nada consta contra Eleandro Passaia. “Por hora, ele não é denunciado. Não há prova, de envolvimento dele no crime”.

O promotor esclarece. Se Passaia não fizesse o acordo com o MP, por uma motivo de cautela, poderia haver dificuldade mais adiante. Isto também foi uma garantia para o Passaia. Se alguém se dispor a investigar a organização criminosa, a lei dá direito a um acordo. É um direito dele celebrar esse acordo com o Ministério Público, explica o promotor Paulo Zeni.

A delação premiada é um mecanismo para garantir a cooperação e para Passaia é a chance de ser beneficiado pela lei, caso haja mais adiante alguma denúncia que o MP deverá, obrigatoriamente apurar, conclui Zeni.

O promotor disse que não vai interpretar os fatos. Eles estão claros e inequivocamente bem explicados. No caso de Passaia, o acordo com o MP ocorreu por medida preventiva, um benefício que a justiça oferece a suspeitos ou criminosos o que, até o momento, não é o caso de Eleandro Passaia, garante o promotor.