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Sidrolandia

"O Estado não quer e não tem interesse em intervir"

Governador afirmou que quer ajudar prefeito Chico Galindo a encontrar solução

Redação de noticia

17 de Junho de 2010 - 13:32

O governador Silval Barbosa (PMDB) afirmou que não pretende intervir efetivamente na Prefeitura de Cuiabá. "O Estado não quer e não tem interesse nenhum de fazer essa intervenção; temos interesse, sim, em ajudar a Prefeitura a resolver esse problema jurídico e evitar que a situação chegue, efetivamente, a esse ponto", afirmou há pouco, em entrevista coletiva.

"Se sair a determinação do STF, com a nomeação de um interventor, ainda sim estudarei todas as medidas jurídicas para evitar isso", disse Silval. Segundo ele, a possível intervenção poderá criar uma "instabilidade" na capital e no estado. "Isso só iria atrapalhar e criar um transtorno muito grande", afirmou.

O governador disse que entrou em contato, por telefone, hoje pela manhã com o prefeito Galindo. "Conversamos muito e me coloquei à disposição para pacificar esse problema jurídico. Na próxima segunda iremos conversar", afirmou.

Silval não descartou até mesmo uma ajuda financeira ao município para evitar problemas no pagamento de precatórios, fato que gerou a possibilidade de intervenção. "Vamos analisar uma forma legal de ajudar, de forma escalonada, com repasses de recursos", disse.

O governador também ressaltou que não quer polêmicas ou especulações sobre o caso, sobretudo em função da questão eleitoral. "Quero deixar bem claro a nossa posição. Não vamos misturar as coisas", disse.

"Decisão é clara"

Segundo o procurador geral do Estado, Dorgival Veras, a decisão do ministro Marco Aurélio Mello é clara: "A decisão do Tribunal de Justiça vai ser cumprida, ou seja, o STF autorizou a intervenção. Cabe recurso, sim, mas é protelatório", afirmou.

Ontem, o prefeito Chico Galindo emitiu nota afirmando que a intervenção não havia sido autorizada. Na ocasião, ele disse que ouviu um "desmentido" da boca do próprio ministro Marco Aurélio Melo.

"Processualmente, não há dúvidas. Como o ministro do STF se negou a analisar recurso da prefeitura, passa a valer a decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso que, em 1998, decidiu pela intervenção", afirmou.