Sidrolandia
Padre preso suspeito de algemar ex-coroinha para fazer sexo é solto
Ele foi acusado de transformar casa paroquial em masmorra erótica
G1
15 de Setembro de 2010 - 07:30
Quatro meses depois de ter sido preso, a Justiça do Rio determinou a soltura do padre polonês acusado de ter algemado um ex-coroinha para obrigá-lo a fazer sexo com ele.
A decisão é da juíza da 2ª Vara Criminal de Cascadura, Claudia Garcia Couto Mari.
No documento, ela revoga a prisão preventiva do religioso, que foi afastado da Igreja Católica após sua prisão.
"Revogo a prisão preventiva, sob a condição de que o réu não poderá se mudar de residência ou sair do país sem prévia autorização judicial, e que deverá comparecer a todos os atos processuais", diz um trecho da decisão.
Como foi
Segundo a denúncia do Ministério Público, o jovem era coroinha da igreja até 2006.
No início de 2007, o adolescente foi procurado pelo padre com uma oferta de ajuda financeira para a família. Na saída, ele teria puxado o rapaz à força e o beijado.
O passo seguinte do religioso, de acordo com o documento, teria sido o envio de mensagens de teor erótico via internet.
Ainda de acordo com o documento, o padre chamou o então adolescente à igreja e o algemou na cama da casa paroquial.
Lá, ele teria despido o menor e praticado sexo oral, além de uma tentativa frustrada de penetração. No final, o pároco pôs dinheiro no bolso da vítima, exigiu segredo do acontecido e o coagiu, afirmando que já sabia as flores que depositaria em seu caixão caso a notícia viesse à tona.
'Botei o inimigo em casa', diz mãe de vítima
Botei o inimigo dentro de casa, pensando que meu filho estava bem amparado e estava pisando em cima de um campo minado sem saber, desabafou a mãe da vítima, que pediu para não ser identificada.
"Ele frenquentava a minha casa e eu frequentava a casa paroquial. É muito difícil, muito dolorido mexer nisso tudo de novo.
Ver a foto dele sendo preso não diminui a nossa dor, mas sabemos que a história toda só está começando agora, contou ela, que descobriu o episódio cerca de um ano após ter acontecido, ao desconfiar do comportamento agressivo do filho e resolver entrar em sua caixa de emails.
Masmorra erótica
No processo, consta que, via internet, o padre descreve uma intensa vida sexual com outros, tudo levando a crer, até mesmo pelas suas preferências sexuais, que fossem outros jovens no meio religioso.
Na decisão, o magistrado afirma que o sacerdote fez da casa paroquial uma masmorra erótica.
O indícios apontam o indiciado como uma pessoa compulsivamente ligada a sexo com adolescentes, demonstrando sua franca capacidade de usar da sua postura de padre para executar a lavagem cerebral.
No seio destas conversas o acusado arregimentava este rebanho de inocentes jovens para levá-los a sua Casa Paroquial, subestimando sua alta relevância espiritual para transformá-la numa espécie de masmorra erótica onde submetia estes jovens, inclusive com emprego de algemas, as orgias descritas entre risos nas conversinhas mantidas com seus amigos na internet.
A liberdade do acusado põe em sério e concreto risco a garantia da ordem pública, em especial o bem estar da juventude religiosa que frequenta as igrejas, diz o documento.