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Sidrolandia

Paulo Bernardo se diz favorável a manter portal do Planejamento no ar

O ministro disse que ficou ruim o fato de as avaliações parecerem serem posições do ministro.

Agência Brasil

22 de Junho de 2010 - 13:55

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse hoje ao chegar para a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) que é favor de manter no portal do Planejamento as avaliações críticas de técnicos do governo. Ele não informou o prazo para a volta do portal. “O prazo é :quando ficar bom nós vamos fazer. A hora que resolver, vai estar resolvido”, disse.

O portal foi ao ar na semana passada e retirado após serem publicados trechos que continham considerações negativas ao governo. “O portal, na minha opinião, volta. Ele causou uma incompreensão e nos deixou numa situação constrangedora porque era para ser um portal de debate”.

A ideia original de acordo com assessores do ministro era que o portal fosse acessado em certos níveis por meio de senhas para que os gestores pudesses propor soluções ou tecer críticas, mas terminou exibido todos os conteúdos na internet. “Não vejo problema nenhum, as pessoas fazerem um fórum de debates e os gestores participarem”, disse Paulo Bernardo.

Ele admitiu, porém, que o problema das avaliações no portal foi serem feitas sem ouvir os ministérios citados. Foi o caso, segundo ele, do Ministério da Educação, que teve suas politica avaliadas e não deu opinião.

“Eles reclamaram, o ministro Fernando Haddad reclamou e com razão. Tem um negócio aí que diz que tem problema aqui e acolá, mesmo que tenha um número enorme de elogios, mas ele gostaria de ter opinado”, afirmou. Ele disse que a mesma coisa ocorre em relação à reforma agrária, entre outros setores.

O ministro disse que ficou ruim o fato de as avaliações parecerem serem posições do ministro. Ficou um pouco ruim, embora consideremos absolutamente normal e democrático que um técnico faça suas avaliações, isso ser considerado ou atribuído ao ministro”, afirmou.

Paulo Bernardo lembrou que o ministério se vale de avaliações, às vezes críticas e outras não críticas, dos seus técnicos para formular e sintetizar políticas, afim de tomar decisões.

“agora, se tem um portal que essa coisa fica confundida e o ministro do Planejamento tem que responder por uma coisa que um técnico escreveu, às vezes tem um técnico acha que é A e outro B, e eu vou responder o quê? Qual dos dois estaria certo? As vezes, eu não concordo com nenhum dos dois”, disse.

Por isso, o ministro defende uma precisão maior nos textos disponibilizados através do portal, que mostrariam que as avaliações críticas são de determinadas áreas técnicas em busca do debate.”Se tivéssemos feito no portal mostrando que a avaliação crítica era de determinado técnico. Então, eu não precisaria estar dizendo se aquilo é bom ou não. Diria: Consulte o técnico”, enfatizou.