Sidrolandia
Potencial de MS atrai novos interesses no setor sucroenergético
Notícias MS
18 de Agosto de 2010 - 16:50
Uma das apostas da administração pública estadual para diversificação da matriz econômica, o setor de agroenergia conta com o mesmo otimismo por parte da classe produtora. A Feicana Feira de Negócios do Setor de Energia que já e tradição há oito anos na cidade paulista de Araçatuba, está acontecendo pela primeira vez
No Centro de Exposições e Eventos Albano Franco, mais de 90 expositores vindos de diversas regiões do Brasil apresentam as últimas tecnologias da agroindústria canavieira, e representantes de entidades ligadas ao setor participam de palestras e debates. Para o presidente executivo da União dos Produtores de Bioenergia (Udop) e diretor da empresa Safra, promotora da feira, Antonio Cesar Salibe, não há dúvidas que Mato Grosso do Sul vai alcançar a meta de ser o segundo produtor nacional.
Nós enxergamos essa região como a Araçatuba de oito anos atrás, como a última fronteira agrícola para esse setor, afirma, destacando que a cidade paulista duplicou a produção nesse período de menos de uma década. Ele explica que, de modo geral, projetos do setor tiveram um freio por conta da crise econômica, mas que o cenário já está sendo retomado e que 2011 vai ser um ano de bons preços para os produtos da industria sucroalcooleira.
Vantagens geográficas e de clima colocam Mato Grosso do Sul na frente na corrida pela expansão, ao lado do Goiás, mas ainda mais competitivo que esse Estado, na avaliação de Salibe. E aqui nós sabemos que o governo do Estado tem um carinho especial por esse setor. Essa vontade política é muito importante para trazer novos projetos.
Mais um aspecto positivo é a presença de grandes negócios já instalados. O presidente executivo da Udop aponta que a tendência é o crescimento dessa cadeia, com investidores consolidados atraindo recursos externos. Aqui já temos os grandes grupos, como ETH, Bertin, Louis Dreyfus, e os recursos internacionais vêm com os grandes grupos.
Para dar vazão a todo o potencial sul-mato-grossense, no entanto, ainda é preciso fortalecer a logística. Devido à distância, o Estado tem um custo maior, por isso é preciso, por exemplo, concretizar ao menos um dos projetos de alcoolduto, exemplifica Salibe, que é otimista quanto à capacidade de um montante de produção que viabilize o duto de transporte. Associado a esse empreendimento, é necessário fortalecer as redes rodoviárias e ferroviárias e consolidar a saída para o Pacífico.
Amanhã (19), a Feicana apresenta um seminário do Crea/MS com o tema As engenharias no desenvolvimento da indústria de açúcar e álcool no Estado de Mato Grosso do Sul. As discussões terão início às 8 horas, no auditório do Centro de Exposições Albano Franco.
A realização da feira tem apoio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, Comércio e Turismo (Seprotur) e instituições como a Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul, Prefeitura de Campo Grande, Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul e Federação das Indústrias.