Sidrolandia
Sacolas plásticas têm dias contados, em Dourados
O resultado são dezenas de prefeituras em todo o país que começam a determinar a proibição do uso de sacola plástica nos estabelecimentos comerciais.
Dourados Agora
03 de Junho de 2011 - 09:52
As sacolas plásticas criadas para facilitar a vida dos consumidores podem estar com os dias contados em Dourados. De salvadoras da pátria agora ganham status de vilãs do meio ambiente. O resultado são dezenas de prefeituras em todo o país que começam a determinar a proibição do uso de sacola plástica nos estabelecimentos comerciais.
Em Dourados a discussão ainda não começou, mas o prefeito Murilo Zauith encaminhou proposta para Câmara. Ele argumenta que é necessário debater o assunto com a sociedade. O Meio ambiente é assunto do século 21 e nós devemos debater o uso das sacolas que já estão proibidas em varias cidades do país, opina o prefeito.
Em Caarapó já há uma lei que regula este setor. Os comerciantes têm até o final deste ano para se adaptar à nova regra e a partir de 2012 terão que conscientizar os consumidores a utilizar as sacolas biodegradáveis ou reutilizáveis nos estabelecimentos comerciais.
CONSCIÊNCIA
Para o administrador João Carlos da Silva, gerente de um comércio de roupas em Dourados, está na hora da população tomar atitudes mais concretas em prol do meio ambiente. De fato a distribuição de sacolas plásticas no comércio é grande. Há um ano a nossa empresa substituiu o plástico pelo papel. Deu certo e os clientes aprovaram, disse ele.
Quem também aprova o fim da sacola plástica é o empresário do ramo de supermercado, Edson Dutra. Ele diz que a cada 45 dias gasta em média de R$ 4 mil a R$ 5 mil na compra de sacolinhas. Ainda trabalhamos com esse método, mas sou a favor das biodegradáveis, comenta o empresário, dono do supermercado Big Bom.
Se para o empresariado o fim da sacola plástica é uma excelente opção, para o consumidor está longe de ser uma boa idéia. A dona de casa Maria Marques Oliveira diz que elas são de grande valia. Todas que eu trago do mercado são utilizadas para colocar lixo. Se decretarem o fim delas passarei a comprar aquelas de maior tamanho, de 50 a 100 litros, vendidas no próprio mercado, o que dá na mesma. Vejo que a diferença é que ao invés de distribuir sacola eles querem obrigar que nós a compremos, questiona a dona de casa.
ADESÃO
Pelo menos 13 capitais brasileiras já aprovaram leis que limitam ou proíbem a utilização de sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais: Belo Horizonte, Brasília, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Palmas, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Teresina, Vitória, São Luis e Natal. Outras capitais estão com projetos em tramitação que pedem o fim das sacolas plásticas.