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Sidrolandia

Sem espaço, Murilo deve confirmar rompimento anunciado

A idéia do PMDB é eleger o deputado federal Waldemir Moka para uma das duas vagas em disputa do Senado

Da Redação

08 de Junho de 2010 - 14:28

Sem espaço na chapa majoritária de André Puccinelli (PMDB) para concorrer ao Senado nas eleições de outubro, o vice-governador Murilo Zauith (DEM) deve confirmar esta semana o rompimento, anunciado no dia 30 de março, com o grupo político liderado pelo governador.

Murilo ainda nutria esperança em postular o cargo e deveria se posicionar a respeito da indicação do vice-prefeito de Campo Grande, Edil Albuquerque (PMDB) como seu provável suplente. No entanto, irritou-se com as recentes declarações do governador à imprensa da Capital.

A idéia do PMDB é eleger o deputado federal Waldemir Moka para uma das duas vagas em disputa do Senado. Também buscam o cargo o senador Delcídio do Amaral (PT) e o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT), ambos na chapa a ser encabeçada pelo ex-governador Zeca do PT.

"Eles do PT farão o Delcídio do Amaral, nós do PMDB vamos eleger o Waldemir Moka. Não há chance para mais ninguém”, declarou André Puccinelli, segundo a edição de hoje do jornal Correio do Estado. 

Interlocutores disseram hoje de manhã na Assembléia Legislativa que Murilo estaria indo a Dourados reunir seu grupo político e anunciar o rompimento com o governador. Entretanto, ninguém no DEM confirma a informação. "Está havendo este bafafá", interpretou uma fonte do Parque dos Poderes com ligações com o vice-governador.

No final de março, o vice-governador revelou ao site Conjuntura Online que não seria mais candidato ao Senado e nem a nenhum outro cargo eletivo nas eleições deste ano.

Murilo garantiu à época que havia aceitado convite para ser o coordenador da campanha à reeleição de André Puccinelli na região Sul de Mato Grosso do Sul.

Portanto, com a desistência de Murilo, o governador André Puccinelli terá de encontrar outra alternativa como o segundo candidato do PMDB ao Senado, um dos nomes garantidos é o do deputado federal Waldemir Moka, que derrotou o senador Valter Pereira nas prévias do partido realizadas em 7 de março.

O vice-governador espera apenas conversar ainda hoje com André Puccinelli, que participa nesta manhã da 4ª Conferência Estadual das Cidades, em Campo Grande./>

Apesar de aceitar ser um dos coordenadores da campanha de André Puccinelli, Murilo não esconde de ninguém sua frustração, uma vez que seu grande sonho era representar a região da Grande Dourados no Senado.

A maior queixa do democrata é com o esquema de "carta-marcada" da campanha arquitetada pela cúpula do PMDB, que o alijou do processo para eleger, além de Moka, o senador Delcídio do Amaral (PT).

O esquema velado irritou as principais lideranças do BDR (Bloco Democrático Reformista), formado por PSDB, DEM, PPS. Por causa disso, Murilo passou a exigir um suplente que tivesse a “cara”do governador. 

A principal alternativa para ocupar a outra vaga do Senado pelo PMDB é o deputado federal Geraldo Resende, conforme noticiou o site Conjuntura Online com exclusividade.

Interlocutores do governo confidenciaram que Murilo, como recompensa, ocuparia uma das secretarias do Estado em eventual segundo mandato de André Puccinelli, com o compromisso de disputar a sucessão do prefeito de Dourados, Ari Artuzi (PDT), em 2012, com o apoio do líder peemedebista.

Somente depois da repercussão negativa da notícia é que o vice-governador foi à imprensa negar suas declarações.