Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Sábado, 5 de Outubro de 2024

Sidrolandia

TJ sequestra bens do casal Artuzi e de dois laranjas

Campo Grande News

17 de Setembro de 2010 - 07:42

O desembargador Manoel Mendes Carli determinou o sequestro de bens do prefeito de Dourados, Ari Artuzi (sem partido), da primeira-dama Maria Aparecida Freitas Artuzi, e de duas pessoas apontadas como laranjas do prefeito, Edmilson Dias de Moraes e Paulo Ferreira do Nascimento.

A decisão é de ontem à tarde e estabelece o sequestro dos bens “imóveis e semoventes”, o que inclui o gado em nome de Artuzi ou dos laranjas descobertos durante as investigações da Operação Uragano, que identificou o prefeito como chefe de uma quadrilha de desvio de dinheiro público.

O pedido do sequestro de bens havia sido apresentado pelo MPE (Ministério Público Estadual) diante das evidências de enriquecimento ilícito de Ari Artuzi e da esposa. O MPE também pediu o afastamento de Artuzi e de nove vereadores, que não foi concedido.

O prefeito, de toda forma, está afastado do cargo graças uma decisão judicial que nomeou para o cargo o juiz Eduardo Machado Rocha.

Corrupção-Artuzi e a esposa foram flagrados durante a Operação Uragano recebendo dinheiro vindo de propina paga por empresas para ser beneficiadas em licitações públicas.

O autor das denúncias, que gravou o recebimento dos valores em vídeo, o jornalista e ex-secretário de Dourados Eleandro Passaia, afirmou que Artuzi arrecadava pelo menos R$ 500 mil por mês do esquema de corrupção.

A última declaração de bens dele apresentada à Justiça Eleitoral quando foi candidato a prefeito de Dourados, em 2008, apontava um patrimônio de R$ 384 mil e indicava sua ocupação profissional como comerciante. Antes de ser político, Artuzi trabalhou como lavrador, ainda na infância, foi funcionário de uma madeireira e assessor de um tio vereador.

O prefeito está preso desde o dia primeiro de setembro em uma cela da 3ª Delegacia de Polícia de Campo Grande. A defesa dele entrou com pedido de liberdade junto ao TJ, mas ainda não houve julgamento.