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Sidrolandia

Tucanos cozinham democratas até segunda

O comando do PSDB pretende manter em banho-maria durante este final de semana a crise interna na aliança tucana provocada pela escolha de Álvaro Dias para vice na chapa de José Serra.

Hora de Noticia

28 de Junho de 2010 - 15:35

A ordem é manter o nome do senador paranaense na vaga, e deixar esfriar a reação contrária da cúpula dos Democratas. Neste sábado, Dias foi advertido a parar de dizer que abre mão do posto para o DEM.

A estratégia busca ganhar tempo para permitir a ação de bombeiros do próprio DEM, que tentam acalmar o presidente Rodrigo Maia (DEM/RJ) e convencê-lo do equívoco de sua reação. Deixarão claro, por exemplo, que a ameaça de ruptura com a aliança nem sequer é crível, já que o DEM depende do PSDB para sobreviver eleitoralmente, inclusive em coligações estaduais. De tal maneira que, uma reação intempestiva de Maia fatalmente o levará ao isolamento.

Resumindo, os tucanos apostaram desde sempre no racha do DEM, cujo comando vem desafinando das diretrizes do núcleo tucano da campanha de Serra. Para emplacar um vice de fora das fileiras dos democratas, contaram com o apoio dos demais partidos da aliança, isolando o DEM.

Nas últimas 48h, justamente PPS e PTB abasteceram o noticiário com declarações pró-Álvaro Dias, e críticas à postura “contra-producente” do DEM. Roberto Jefferson, do PTB, pediu desculpas pela ofensa ao partido – que chamou de “merda” - alegando que ela foi divulgada por acidente em seu twitter, mas deixou claro que o DEM não pode “empurrar” um vice para a chapa. Coube ao petebista lançar a ideia de que a resistência dos democratas pode levar o conselho político da campanha a decidir no voto o nome do vice.

O presidente do PPS, Roberto Freire, reverberou de lá, ressaltando que o DEM está criando um problema desnecessário. Serra não compareceu à convenção nacional do PPS, que formalizou apoio ao tucano neste sábado. Alegou cansaço, após viagem ao Amazonas. Seria demais, no meio da guerra, baixar em território inimigo e sem poder comentar o caso. Mas permitiu que tornassem público o que pensa. Num telefonema a Freire, Serra teria deixado claro que "está firme em suas decisões e não vai se submeter à imposição de quem quer que seja