Com avanço da colheita, 'quebra' surpreende e reduz em 40% produtividade da soja

Contrariando as projeções das próprias entidades do setor agrícola, com o avanço da colheita, o regime de chuva insuficiente, reduziu em 40% a produtividade da soja em Sidrolândia. Nas projeções do presidente do Sindicato Rural, Paulo Stefanello, a produtividade deve ficar em 40 sacas por hectare de média, redução de 26,8 sacas em relação ao resultado da safra passada, que atingiu 67,14 sacas/ha.

Se confirmado este prognóstico, os produtores sidrolandenses colherão 627.115,60 toneladas, redução de 36,26% sobre a última safra, que somou 983.911,32 toneladas. Com o rendimento menor, mais de R$ 1.1 bilhão deixarão de circular na economia do município.

"Quando começou a colheita, visualmente as lavouras não indicavam uma perda desta proporção, acreditava em quebra de 20%. A avaliação da Aprosoja foi que só 10% da área plantada, pouco mais de 26 mil hectares estavam comprometidos. A soja colhida não tem peso, pelo visto o grão não se desenvolveu plenamente", relata. O reflexo da falta de chuva comprometeu lavouras como as do próprio Paulo, que investe muito em tecnologia. Sua produção não deve chegar a 50 sacas, bem abaixo das projeções.

Pequenos produtores, como Claiton Straube,  por hectare, que já colheu 80% dos 300 hectares plantados, calcula uma quebra de 50%, repetindo o prejuízo da safra de milho. A valorização do preço da soja, que atingiu R$ 185,00 a saca de 60 kg, não deve compensar o prejuízo, porque os custos aumentaram. Se ano passado o custo da adubação equivalia a 20 sacas, hoje este custo subiu equivalente ao preço de 25 sacas.

Outro pequeno produtor, Júlio César, que plantou 120 hectares na região do Assentamento Eldorado, que ano passado colheu 50 sacas por hectare, espera agora garantir 10 sacas. "Já procurei a Cooperativa para pedir prorrogação do pagamento dos insumos que peguei pra plantar", explica.