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Esporte

Mano Menezes deixa o Cruzeiro após derrota para o Internacional na semifinal da Copa do Brasil

Treinador, que estava no comando do time desde julho de 2016, foi desligado do clube ainda no Mineirão.

Globo Esporte

08 de Agosto de 2019 - 07:42

Chegou ao fim a segunda passagem do técnico Mano Menezes à frente do time do Cruzeiro. O treinador não resistiu à sequência de apenas uma vitória em 18 jogos. Ele deixou o clube após a derrota por 1 a 0 para o Internacional, no Mineirão, na partida de ida das semifinais da Copa do Brasil. Ele tinha contrato até o fim do ano.

Mano Menezes foi um dos treinadores com passagem mais vitoriosa pelo clube. Conquistou duas Copas do Brasil (2017 e 2018) e dois Campeonatos Mineiros (2018 e 2019). Entretanto, a sequência ruim, com apenas uma vitória em 18 jogos, provocou a saída.

Foram 235 jogos do Cruzeiro na "era Mano Menezes", contando as duas passagens (a primeira em 2015 e a segunda desde julho de 2016), sendo que em 16 oportunidades o auxiliar Sidnei Lobo comandou o time à beira do gramado, fosse por suspensão ou por licença médica de Mano. Nesse período, foram 112 vitórias, 69 empates e 54 derrotas, com 56,7% de aproveitamento.

Nem mesmo a segunda melhor campanha na fase de grupos da Libertadores e a vaga nas quartas de final da Copa do Brasil foram capazes de garantir Mano Menezes no cargo. O time teve um início de ano muito bom, com 21 jogos de invencibilidade e o título do Mineiro, mas o início ruim no Brasileiro, a eliminação na Libertadores e a derrota para o Inter, na Copa do Brasil, minaram o treinador no clube.

Trajetória

Na primeira passagem, em 2015, Mano chegou ao clube com a missão de afastar o Cruzeiro do risco de rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Com uma campanha bastante regular, dirigiu a Raposa em 16 partidas, com oito vitórias, seis empates e apenas duas derrotas. A equipe ficou em oitavo lugar, com 55 pontos, e chegou a flertar com uma vaga na Libertadores.

Ao fim daquela edição do Brasileiro, Mano aceitou uma proposta do futebol chinês e deixou o Cruzeiro, que foi assumido por Deivid, que era um dos auxiliares à época.

Porém, a passagem de Mano Menezes pela China foi curta. Sete meses depois de deixar a Toca, o treinador retornou, novamente com a missão de fazer uma campanha de recuperação no Brasileiro. O que aconteceu. Além disso, foi até a semifinal da Copa do Brasil, quando acabou eliminado pelo Grêmio, que conquistou o título.

Em 2017, após perder a final do Estadual para o rival Atlético-MG e ser eliminado pelo Nacional-PAR na quarta-feira seguinte, pela Sul-Americana, Mano Menezes balançou no cargo. Porém, a diretoria manteve o treinador. O que deu resultado. A Raposa conquistou a Copa do Brasil, superando o Flamengo nos pênaltis.

Com mais investimento em 2018, a expectativa era grande no trabalho do treinador à frente do Cruzeiro. E ele correspondeu. Conquistou o Campeonato Mineiro após bater o rival Atlético-MG na decisão, quebrando um jejum de três anos no Estadual. No segundo semestre, a Raposa levou o bicampeonato da Copa do Brasil, dessa vez superando o Corinthians na final. Mano ratificou seu potencial em competições mata-mata. Na temporada, foram 36 vitórias, 19 empates e 19 derrotas, em 74 jogos.

Em 2019, em outro ano cercado de grandes expectativas, a base da equipe foi mantida e reforços trazidos ao elenco de Mano Menezes. Com um começo espetacular e invicto até a partida contra o Flamengo, na primeira rodada do Brasileirão, o Cruzeiro conquistou mais um Campeonato Mineiro em cima do Atlético-MG.

Porém, a sequência de uma vitória em 18 partidas, juntamente com o momento conturbado fora das quatro linhas, com denúncias contra a diretoria, aumentaram a pressão e culminaram com o fim do ciclo de Mano Menezes. Depois da derrota contra o Atlético-MG, pela 13ª rodada do Brasileiro, o treinador chegou a colocar o cargo à disposição da diretoria, que optou por mantê-lo no clube.

Nessa segunda passagem, foram 212 partidas da comissão comandada por Mano no Cruzeiro, com 103 vitórias, 59 empates e 50 derrotas. Foram duas conquistas da Copa do Brasil e duas do Campeonato Mineiro em quase três anos consecutivos no cargo.