Esporte
São Paulo e Santos ficam no 0 a 0 em clássico com sangue e arbitragem polêmica
O resultado não resolve para nenhum dos dois times, mas é pior para o São Paulo, que chega a 15 pontos e é só o vice-líder do Grupo A
Uol
23 de Fevereiro de 2014 - 22:01
O 0 a 0 não indica o quão movimentado foi o São Paulo x Santos deste domingo. Em um clássico com muitos gols perdidos, os dois times se destacaram pele excesso de vontade, sangraram em campo e reclamaram bastante da arbitragem, mas não conseguiram abrir o placar.
O resultado não resolve para nenhum dos dois times, mas é pior para o São Paulo, que chega a 15 pontos e é só o vice-líder do Grupo A. Já o Santos, com 23, ainda domina da chave C.
As duas torcidas, porém, devem terminar o dia com a sensação de que o resultado poderia ser melhor, em um clássico marcado pela forte disputa. Álvaro Pereira, Paulo Miranda, Maicon e Alan Santos se machucaram em choques mais fortes e sangraram em campo. Maicon chegou a ter de camiseta para seguir em campo.
Os sustos explicam o quanto o jogo foi mais movimentado do que se poderia esperar. O Santos começou assustando o São Paulo com muito ímpeto na marcação por pressão. Leandro Damião, nesse aspecto, liderou a equipe alvinegra e criou a maior chance, ao bloquear um chute de Rogério Ceni. Na sobra, Cícero bateu e o goleiro são-paulino fez grande defesa para se redimir do erro.
Só que o São Paulo, aos poucos, foi equilibrando as ações. Sem Paulo Henrique Ganso, barrado por Muricy Ramalho justamente contra o ex-clube, a equipe do Morumbi foi mais vibrante e se mexeu mais. Osvaldo e Pabón correram muito, Luis Fabiano encontrou espaços entre os zagueiros rivais e Antônio Carlos levou o perigo ao ataque.
A arbitragem, porém, atrapalhou. Além de alguns erros menores, o trio vacilou ao dar um impedimento inexistente de Luis Fabiano, que cortou Aranha e foi derrubado dentro da área santista. O que era um pênalti virou bola para o Santos por conta de uma avaliação errada de Marcelo Carvalho Van Gasse, bandeirinha que irá representar o Brasil na Copa do Mundo.
Claro que nem só o apito impediu o São Paulo de abrir o placar. A quantidade de gols perdidos dá a medida de culpa que os donos da casa tinham pelo 0 a 0. Susto para Rogério Ceni, a essa altura, só em uma saída atrapalhada de Rodrigo Caio, que irritou Muricy Ramalho e deixou o Santos de novo em chance de marcar.
No segundo tempo, o Santos equilibrou mais. Foi Rogério, em uma cabeçada de Leandro Damião, quem produziu o lance mais plástico da etapa final, com uma bela defesa. O São Paulo, que havia criado mais na primeira metade, reduziu o ritmo e quase foi surpreendido em sua defesa.
A entrada de Paulo Henrique Ganso, aos 28 minutos do segundo tempo, não fez exatamente bem à equipe, que tornou-se mais lenta e criou menos. Por sorte dos tricolores, também faltou precisão e alguma calma ao Santos quando teve a oportunidade de decidir.
Calma também não sobrou em Oswaldo de Oliveira. Mais uma vez, o comandante da equipe praiana perdeu a calma com a arbitragem e deixou o gramado expulso. Dos vestiários, ele deve ter visto outro lance polêmico. Aos 44 minutos, Rildo recebe nas costas da defesa e é derrubado por Paulo Miranda. O árbitro marca pênalti, mas pouco depois volta atrás ao ver que o auxiliar havia marcado, acertadamente, o impedimento do atacante santista.
Na próxima rodada, o São Paulo vai até Piracicaba encontrar o XV. Já o Santos recebe o Bragantino.