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Mato Grosso do Sul

Rendimento domiciliar de MS tem queda de 1,3%

O índice Gini diminuiu de 2019 para 2020 e foi de 0,466 para 0,446 no estado.

Correio do Estado

20 de Novembro de 2021 - 10:30

Rendimento domiciliar de MS tem queda de 1,3%
Rendimento domiciliar de MS tem queda de 1,3% e pessoas que possuem outros rendimentos mais dobrou em 2020 - Divulgação

Nesta sexta-feira (19), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio Contínua (PNAD). De acordo com o levantamento, o rendimento domiciliar per capita em Mato Grosso do Sul caiu 1,3% em 2020 e o número de pessoas com rendimento de outras fontes mais que dobrou de 2019 para 2020. 

A PNAD se trata de um levantamento feito pelo IBGE para acompanhar a evolução da força de trabalho e outras informações para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do Brasil. Dessa forma, Mato Grosso do Sul é o sexto estado do país quando se trata de rendimento de trabalho e o sétimo quando considerado os dados sobre outros rendimentos. 

Os rendimentos considerados como outros na amostragem são o seguro-desemprego, programas sociais do governo e rendimentos de poupança. Em MS, o índice de pessoas que têm rendimento provindos destas fontes passou de 168 mil para 351 mil pessoas, isto é, saiu de 6,2% para 12,8%, mais que dobrando o índice. 

Já o rendimento médio mensal domiciliar per capita foi de R $1.424,00 em 2020, isto é, 1,3% menor que o estimado em 2019. Em comparação com 2012, houve um aumento de 69,3%. Outro ponto de destaque na pesquisa é o fato do rendimento de trabalho ter perdido participação na renda total do estado. 

Seguindo a tendência nacional, no estado houve diminuição de rendimentos de trabalho, se comparado com 2019, quando o índice era de 48,9%. Também houve um aumento do peso do rendimento de outras fontes: em 2019 o percentual era de 20,5%. 

Pela primeira vez na série histórica, o grupo que recebe algum benefício governamental superou o das pessoas que recebem aposentadoria ou pensão (10,1%), tornando-se a principal categoria na composição dos rendimentos de outras fontes. 

Em seguida estão o aluguel e arrendamento (2,0%) e pensão alimentícia, doação ou mesada de não morador (1,9%). Em 2020, cerca de 21,4% dos domicílios recebiam outros programas sociais e, em 2019, esse percentual era de 2,7%.

Além disso, em Mato Grosso do Sul o rendimento por todos os trabalhos em 2020 resultou em uma massa mensal de rendimento de aproximadamente R$ 2,9 bilhões, 1,8% menor que a estimada para 2019. Por sua  vez, a massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita ficou em R$ 3,9 bilhões em 2020. Em 2019, o valor foi de 4,09 bilhões. 

O índice Gini, em MS, diminuiu de 2019 para 2020 e foi de 0,466 para 0,446, sendo que, nesse índice, quanto mais próximo de 0 mais o estado está atingindo a igualdade e quanto mais próximo de 1, maior é a concentração de renda e desigualdade. 

Entre 2012 e 2017 houve uma tendência de redução do Índice de Gini do rendimento domiciliar per capita, que saiu de 0,476 para 0,464. Isso foi revertido em 2018, quando o índice aumentou para 0,490, chegando ao maior valor da série. 

Após relativa estabilidade em 2019, quando marcou 0,483, o índice de Gini reduziu em 2020, fechando a série em 0,470. 

Se comparado com 2012, houve um aumento de 69,3%. Quando comparados os valores das famílias que recebiam bolsa família, há diferença a ser considerada, pois, enquanto famílias beneficiadas pelo programa tiveram rendimento per capita médio de R$ 475,00, aquelas que não recebiam o benefício tiveram rendimento per capita médio de R$ 1.519,00