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Mato Grosso do Sul

Reunião define estratégia para elaboração do Inventário Climático de Mato Grosso do Sul

O primeiro foi em Pernambuco porque sediaria a COP-26 em 2020, depois transferida para Glasgow (Escócia) e realizada em outubro do ano passado.

Portal do MS

10 de Março de 2022 - 15:53

Reunião define estratégia para elaboração do Inventário Climático de Mato Grosso do Sul
Fotos: Divulgação

O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, participou na tarde de quarta-feira (9) de reunião com representantes de organismos internacionais para definir detalhes da estratégia que será utilizada para elaborar o inventário climático de Mato Grosso do Sul. O Estado é o segundo do país (o primeiro foi Pernambuco) a garantir a realização do Inventário Climático e foi escolhido por estar avançado nas medidas e iniciativas visando a redução da emissão dos GEEs (Gases do Efeito Estufa) que contribuem para a elevação da temperatura no Planeta.

Participaram da reunião o coordenador do Climate Group, Rolf Bateman; Anaísa Pinto (também integrante do Climate Group) e Flávia Carloni, representante da empresa de consultoria Ricardo Group, que vai dar o assessoramento aos técnicos de Mato Grosso do Sul para elaboração do estudo. Pela Semagro, estavam presentes também a bióloga Sylvia Torrecilha e a coordenadora de Cooperação Internacional e Comércio Exterior, Thaís Guimarães.

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O Climate Group é uma organização sem fins lucrativos que atua junto à Under 2 Coalition, a rede global de governos estaduais e regionais comprometidos com a redução de emissões de acordo com o Acordo de Paris. A Under 2 contratou a empresa de consultoria inglesa Ricardo Group para dar assessoramento a Mato Grosso do Sul na construção do escopo de elaboração do Inventário Climático, desde capacitação técnica, estruturação da equipe, metodologia, arranjos institucionais e demais providências necessárias.

“O inventário vai permitir ao governo identificar quanto cada atividade econômica contribui na emissão dos gases do Efeito Estufa. A partir desse detalhamento, o governo tem subsídios para desenvolver políticas públicas, adotar medidas e soluções visando a redução da emissão desses gases, sempre perseguindo a meta de tornar Mato Grosso do Sul Estado Carbono Neutro até 2030”, explicou o secretário Jaime Verruck.

Medidas

Com a edição do Decreto número 15.741, Mato Grosso do Sul aderiu em agosto à campanha Race to Zero e ao Under2 Coalition, agendas globais que têm como meta zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050. A campanha Race to Zero reúne governos nacionais e subnacionais, empresas e instituições que se comprometem a promover uma recuperação global sustentável, resiliente e com zero emissão líquida de carbono até 2050, organizada pelo Secretariado de Mudanças Climáticas das Nações Unidas em preparação para a COP26.

Em novembro, por meio do Decreto número 15.798, o governo regulamentou o Registro Público Voluntário de Emissões Anuais de Gases de Efeito Estufa, medida fundamental para dar suporte legal ao estudo. Todas essas iniciativas estão amparadas no Plano Estadual MS Carbono Neutro – PROCLIMA, instituído pelo decreto que regulamentou a Lei Estadual n° 4.555, de 15 de julho de 2014. Essa lei trata da Política Estadual de Mudanças Climáticas.

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Secretário Jaime Verruck durante a COP-26 com governadores

Mato Grosso do Sul avançou bastante em medidas de mitigação do efeito estufa, fato que o levou a ser escolhido pela Under 2 Coalition para realizar o segundo inventário climático do País. O primeiro foi em Pernambuco porque sediaria a COP-26 em 2020, depois transferida para Glasgow (Escócia) e realizada em outubro do ano passado.

“Já demos passos fundamentais para atingir o status de Estado Carbono Neutro no combate ao desmatamento ilegal, com ferramentas como o CAR (Cadastro Ambiental Rural). Outro ponto fundamental é a questão da mudança do uso do solo, fazendo com que as áreas que são incorporadas no processo produtivo se deem em agricultura de baixo carbono. Também temos nos destacado no uso de tecnologias sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta, que permite que a gente faça a mitigação de emissões, tendo como alguns exemplos a carne carbono neutro e a carne orgânica e sustentável do Pantanal”, apontou Verruck.

Na reunião desta quarta-feira ficou definida a criação de uma pré-agenda para dar início aos trabalhos. O estudo será conduzido por técnicos da Semagro, do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), com assessoramento da Ricardo Group. O prazo para conclusão é de 180 dias.