Fracassa manobra de Enelvo para atrair PT do B de volta ao seu palanque

O ex-prefeito Enelvo Felini (PSDB) se lançou numa ofensiva agressiva para ter de volta ao seu futuro palanque o PTdoB que semana passada formalizou apoio ao pré-candidato do PMDB, o empresário Acelino Cristaldo. Enelvo elaborou um dossiê e tentou convencer o deputado Marcio Fernandes a pressionar o presidente do diretório municipal Beto Teles para rever sua posição de aliança com o PMDB, do contrário, seria destituído do comando partidário.

A manobra foi abortada pela deputada Mara Caseiro que não só ratificou o compromisso de aliança com a chapa pemedebista, mas também descartou qualquer hipótese de aproximação com os tucanos.  A estratégia de Enelvo começou a ser desenhada na semana seguinte após Beto Teles ter afirmada a imprensa que não caminharia com o PSDB.

Filiados tucanos fizeram circular na cidade a informação de que  o presidente do PTdoB teria  se vendido ao PMDB por R$ 100 mil numa decisão isolada em que teria ignorado os filiados e pré-candidatos a vereador. No dossiê que levou ao deputado Márcio Fernandes, basicamente cópias de matérias divulgadas nos sites de notícias da cidade, o ex-prefeito incluiu informações de que Beto Teles teria anunciado o apoio do deputado a Acelino sem consultá-lo.

Beto rechaça a acusação e nega todas as insinuações de barganha financeira na decisão de aliança com o PMDB. “Foi uma decisão que não envolveu, obviamente, dinheiro, mas um acordo visando à construção de um projeto político que visa fortalecer o partido. Este posicionamento foi tomado de forma coletiva, teve a participação dos 260 filiados e 15 pré-candidatos a vereador”, sustenta.

Ele lembra que não comanda uma comissão provisória, sim, o direito, tendo sido eleito para exercer o mandato até 2014. “Não haveria fundamento para uma eventual intervenção. Seguimos as diretrizes e o estatuto partidário”, ressalta. O presidente do diretório do PTdoB lembra que o próprio Acelino Cristaldo  se reuniu com a deputada Mara Caseiro para ratificar os compromissos de garantir condições ao partido para eleição de bancada na Câmara Municipal.

Beto Teles vai além, afirma que foi ameaçado por telefone caso mantivesse o posicionamento de apoio ao candidato pemedebista. “Disseram-me que iriam abrir guerra contra minha pessoa e o partido. Não faço política desta maneira. Ganhar ou perder faz parte do jogo, agora, jamais vou usar da força ou de qualquer outro instrumento que não seja o estado de direito democrático de cada individuo”, desabafa.