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Política

Grupo de Delcidio ignora filiados e quer impor candidatura suicida ao PT

Toda a estratégia para anular o resultado da prévia que contrariou a opinião do senador, foi articulada por Edmar Maciel, funcionário de Delcidio.

Flávio Paes/Região News

10 de Maio de 2012 - 11:00

Por influência do senador Delcidio do Amaral, a Executiva Estadual do PT (por 10 votos a 3) cancelou as prévias em que os petistas de Maracaju decidiram, por maioria de votos, apoiar a reeleição do prefeito Celso Vargas. Delcidio quer o lançamento de um candidato petista, o vice-prefeito Alberto do PT, projeto que nem o próprio pré-candidato já não mostra interesse. Além de não ter assinado o recurso, Alberto está fora da cidade em viagem.

Na prática, a decisão da Executiva representa uma intervenção “branca” no diretório municipal que perde autonomia para deliberar sobre os rumos do partido na eleição de outubro. Caberá à Executiva Estadual deliberar pelo lançamento de candidatura própria, tese derrotada no encontro municipal, ou encaminhar aliança com o PMDB para apoiar a candidatura do ex-prefeito Maurílio Azambuja.

Toda a estratégia para anular o resultado da prévia que contrariou a opinião do senador foi articulada por Edmar Maciel, funcionário de Delcidio. Edmar durante a realização das prévias, promovidas a portas fechadas,  pressionou os filiados a votar pela candidatura própria. Foi ele quem r orientou o presidente do diretório municipal, Eugênio Menchik e a secretária de organização partidária, Rosinda Costa, na elaboração do recurso. Os dois pediram  a anulação da prévia porque teria havido compra de votos, embora nenhuma prova tenha sido apresentada.

“Este tipo de postura não condiz com a prática democrática do PT”, comenta o vice-presidente do diretório municipal, Jéferson Lopes. “A proposta de coligação com o PDT tem o apoio de 14 dos 21 integrantes do Diretório Municipal Municipal. O presidente do diretório, de forma isolada, resolveu recorrer ao Regional para anular a prévia, sem ouvir ninguém, numa atitude antidemocrática”, reforça Jéferson.

“Os filiados se manifestaram livremente”, lembra. Ele confia que a Executiva Nacional do PT vai rever esta decisão da Regional e restabelecer a vontade dos filiados expressa nas prévias. Ele lembra que ano passado este grupo que é contra a coligação com o PDT, expulsou três petistas, Ermeto Lazzaretti, Paulo Kuramoto e Iraci Padilha que se recusaram a deixar os cargos que ocupavam. A decisão foi mantida pela Regional e derrubada na direção nacional do PT.