Agência Brasil
23 de Maio de 2012 - 07:25
A aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Trabalho Escravo, ontem (22), em segundo turno, repercutiu bem entre a maioria dos deputados, dos trabalhadores rurais e dos defensores dos direitos humanos. Para o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marco Maia (PT-RS), a aprovação da PEC é uma demonstração de que o Parlamento não concorda com o trabalho escravo.
O importante é a demonstração que o Parlamento passou ao Brasil que não é mais possível que convivamos com situação análoga ao trabalho escravo. Foram nove anos entre a votação do primeiro e do segundo turno da PEC, disse Marco Maia. Ele informou que irá trabalhar para que a comissão formada por cinco deputados e cinco senadores, depois de acordo entre as duas Casas, produzam um texto a ser votado pelo Senado diferenciando aquilo que é trabalho escravo e aquilo que é desrespeito à legislação trabalhista.
Precisamos ajustar melhor a legislação, inclusive, para estabelecer prazos, definir quem tem o poder de julgar as situações onde for necessária a desapropriação de terras em função de trabalho escravo, disse o presidente da Câmara. Segundo ele, a intenção do acordo firmado com o Senado é fazer um texto estabelecendo a diferença entre trabalho escravo e desrespeito à legislação trabalhista.