Política
PTB estadual pedirá impugnação
Antônio João permaneceu no PTB até o fim do mandato e Picarelli foi reeleito pelo partido, deixando a sigla tempos depois.
Assessoria
23 de Março de 2011 - 17:09
Seguindo orientação nacional, o PTB de Mato Grosso do Sul pedirá à Justiça Eleitoral a impugnação do registro do PSD. A sigla deve ser registrada no segundo semestre deste ano pelo grupo político do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que está colhendo assinaturas em nove estados brasileiros para a formação do novo partido.
Acontece que a esta mesma sigla foi incorporada pelo PTB em fevereiro de 2003. Desde então, segundo o presidente regional do PTB no Estado, Ivan Louzada, pendências fiscais e contábeis passaram a ser de responsabilidade dos petebistas.
Ivan lembra que, na época, um deputado estadual (Maurício Picarelli) e um suplente de senador (Antônio João Hugo Rodrigues) foram integrados à legenda petebista no Estado após a incorporação do PSD, partido pelo qual foram eleitos.
Antônio João permaneceu no PTB até o fim do mandato e Picarelli foi reeleito pelo partido, deixando a sigla tempos depois.
Todos os estados devem seguir a nacional e acionar a Justiça contra a criação desse partido, que já está incorporado e é de responsabilidade do PTB desde 2003, observou Louzada.
O deputado estadual Campos Machado, presidente regional do PTB de São Paulo e secretário-geral da Executiva Nacional do partido, já encaminhou ofício a todos os estados comunicando a mesma decisão.
Esta iniciativa é necessária na defesa dos interesses do nosso PTB, principalmente porque a cúpula do novo partido de maneira leviana e sem escrúpulos, vem assediando fortemente os petebistas, não só de São Paulo, mas de todo o País, detalhou Campos Machado em seu ofício.
O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, observa que não se pode refundar o que já está extinto.
Segundo o advogado do PTB nacional, Itapuã Prestes de Messias, os trabalhistas são, até os dias atuais, responsáveis por prestações de contas do PSD. O PSD está sob a guarda do PTB, diz.
Escolher o PSD como nome deste novo partido é uma perda de tempo. Eles colherão assinaturas e depois serão questionados na justiça sobre a escolha do nome. Haverá um vício na criação da legenda, confirma.
O caso é inédito e fará o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) se debruçar para tratar desse assunto pela primeira vez.