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Saúde

Ainda não há evidências de que nova variante aumente a gravidade da Covid-19, diz OMS

G1

21 de Dezembro de 2020 - 14:38

Ainda não há evidências de que nova variante aumente a gravidade da Covid-19, diz OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta segunda-feira (21) que ainda não existem evidências de que a nova mutação do coronavírus aumente a gravidade da doença.

"O Reino Unido relatou que esta nova variante é transmitida com mais facilidade, mas não há evidências até o momento de que seja mais provável que cause doença grave ou mortalidade", explicou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

A líder técnica da organização, Maria van Kerkhove, reforçou que todos os vírus passam por mutações e que cientistas de todo o mundo estão avaliando cada uma das mutações para entender sua importância.

“Estamos tentando determinar se a variação tem consequência para transmissão, se há diferença na severidade da doença, se há diferença na produção de anticorpos. Mas ainda não temos evidência de alterações no comportamento do vírus. Assim que nós soubermos, nós avisaremos”, disse a líder técnica.

Mike Ryan, diretor de emergências da entidade, disse que os países estão agindo com base no “princípio da precaução” em reação à variante e que isso é “prudente”. Ryan explicou que a nova cepa não "está fora de controle".

"Tivemos uma R0 (taxa de reprodução do vírus) muito superior a 1,5 em diferentes momentos da pandemia e conseguimos controlá-la. Portanto, essa situação não está, neste sentido, fora de controle", declarou Ryan.

O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês) também alertou que não há evidências de que essa nova cepa seja mais perigosa. “Não há nenhum indício até este momento de maior gravidade infecciosa associada à variante”.

Segundo o ECDC, estudos estão sendo realizados para determinar o risco de reinfecções e a eficácia das vacinas.

Restrições pelo mundo

Diversos países da Europa e de outros continentes aderiram nesta segunda-feira (21) às restrições aos voos do Reino Unido, onde uma nova variante de coronavírus, mais transmissível, foi detectada.

As medidas são uma proteção contra a disseminação de uma nova cepa do coronavírus Sars-CoV-2 que os britânicos disseram estar em circulação em seu território e que seria até 70% mais transmissível.

Na América do Sul, Argentina, Colômbia, Chile e Peru decidiram fechar as suas fronteiras aéreas com o Reino Unido devido ao avanço da nova variante do coronavírus. El Salvador e Canadá também impuseram restrições.