Sidrolândia
Após 5 anos de espera, Sanesul inicia perfuração do poço da rede do Capão Seco
Flávio Paes/Região News
09 de Fevereiro de 2021 - 13:47
Um dia depois da prefeita Vanda Camilo ter assinado e ratificado o termo de cedência para o município da área da agrovila do Capão Seco, a Sanesul iniciou a perfuração do poço artesiano do sistema de abastecimento e a rede de água que será instalada no núcleo urbano do distrito. A comunidade aguarda o benefício há 5 anos . A prefeita alterou o termo de cessão de uso da área de 24,9 hectares do Incra para a Prefeitura , assinado em fevereiro de 2016, permitindo a instalação da rede de água.
A implantação da rede de água no Capão Seco mesmo com a intervenção junto ao Governo do Estado, ex-vereador Edno Ribas e dos deputados Gerson Claro e Beto Pereira, vem se arrastando há 3 anos por entraves burocráticos.
A obra foi autorizada em 2018 pela diretoria da estatal, foi autorizado o recurso necessário para custear o projeto (R$ 1,5 milhão) e até definida (por meio de tomada de preço) a empresa responsável pela perfuração do poço com vazão mínima de 15 mil metros cúbicos por hora.
No início de 2020 a chegada da rede de energia elétrica, garantiu um requisito técnico iindispensável para água se tornar uma realidade.
Em maio do ano passado, o ex-prefeito Marcelo Ascoli chegou a assinar a cessão de uso do terreno para a Sanesul construir a estrutura da rede de abastecimento de água. O documento não passou pelo crivo da assessoria jurídica da Sanesul, que cobrou a anuência do Incra, dono dos 24 hectares.
A estatal pediu autorização do Incra que só emitiu parecer no último dia 17 de dezembro. O entendimento do procurador da autarquia federal, Eduardo Henrique, foi de que cabe à Prefeitura pedir autorização, mas só a partir de janeiro, porque até 31 de dezembro, este tipo de procedimento (a cessão de uso) estava proibido porque 2020 foi um ano eleitoral.
O primeiro obstáculo burocrático foi a incorporação formal da agrovila como núcleo urbano do Capão Seco.
A Sanesul cobrou a adequação porque não detém a concessão na zona rural, apenas no perímetro urbano.
A Prefeitura demorou a enviar o projeto à Câmara (porque implicaria em oferta de serviços, como a coleta do lixo) . No Legislativo a tramitação se estendeu por 4 meses, porque o então presidente, Carlos Henrique , relutou em colocar a proposta em votação.
O projeto, que começou a sair do papel, atenderá os 600 lotes em que foi parcelado a agrovila, prevê a implantação de 8.270 metros de rede de distribuição; 250 ligações domiciliares; um reservatório metálico com capacidade de armazenar 50 m³ de água; além de uma unidade para o tratamento da água.