Sidrolândia
Beneficiários do lote urbanizado no Sidrolar começam tirar do papel sonho da casa própria
Pelo menos 11 dos 36 beneficiários já começaram a erguer e rebocar as paredes das casas que estão construindo.
Flávio Paes/Região News
02 de Abril de 2019 - 15:26
Menos de dois meses após receberem os lotes urbanizados implantados pelo Governo do Estado no Sidrolar, pelo menos 11 dos 36 beneficiários já começaram a erguer e rebocar as paredes e estão na expectativa de até dezembro entrar nas casas que estão construindo. Uma parte dos lotes está numa área onde o arruamento não foi feito, o que dificulta a entrega do material de construção. As concessionárias de água (Sanesul) e energia elétrica (Energisa) também não fizeram a expansão das redes.
Mesmo com todas as dificuldades, ninguém desanimou, contratou o pedreiro, comprou parte do material a prestação e começou a construir. Foi o caso de Ellen Lourdes, funcionária da JBS, que reservou a indenização e o pagamento antecipado das férias para contratar a mão de obra e comprar o material básico (cimento, areia, pedra) necessário nesta etapa da obra. “Não vejo a hora de ter minha, casa, não precisar pagar mais R$ 500,00 de aluguel”, comemora.
Ela mora há 20 anos em Sidrolândia, se inscreveu várias vezes nos programas habitacionais da Prefeitura, mas nunca foi contemplada. Todo mês tem que fazer "mágicas" para manter as contas em dia com um salário em torno de R$ 1.200,00, tendo dois filhos para sustentar. “Vai ser difícil, mas vai valer a pena”, acredita. Pelas suas contas serão necessários R$ 18 mil para que sua futura casa fique pronta.
Quem também começou a construir sua casa foi Diva Areco, que não vê a hora de se livrar do aluguel de R$ 500,00, da casa onde mora no Ipacaray. Ela diz que conseguiu “um preço" camarada porque o pedreiro é seu compadre. Diva conseguiu juntar algumas economias (R$ 2 mil) e comprou de material. Conta com o financiamento do Governo do Estado para fazer o telhado.
O projeto
No projeto Lote Urbanizado o município participa com o terreno e a assistência técnica, já o Estado constrói a base da casa e o cidadão dá continuidade na construção de sua moradia. O Governo do Estado investiu R$ 361.244,46 no projeto que demorou quase dois anos para ser entregue porque a Prefeitura atrasou o serviço de terraplanagem.
Para participar primeiramente o pretendente tem que realizar o cadastramento no sistema de inscrição da Agehab, e após passar pelo processo de seleção os mesmos serão chamados e deverão comprovar em documentos que possuem condições financeiras para adquirirem os tijolos e os cimentos até o respaldo.
O prazo para a conclusão da moradia é de até 24 meses, ou seja, somente com a conclusão da construção da moradia que a mesma poderá ser habitada.