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Sidrolândia

Defesa tentou convencer a Justiça que assassino tinha transtornos e crime foi fatalidade

Segundo o advogado David Moura de Olindo, o que ocorreu foi uma fatalidade, em razão de desequilíbrio mental do acusado.

Flávio Paes/Região News

25 de Junho de 2021 - 09:25

Defesa tentou convencer a Justiça que assassino tinha transtornos e crime foi fatalidade
Segundo advogado David Moura de Olindo, o que ocorreu foi uma fatalidade. Foto: Região News

Com a condenação de Ivan Alyffer Albuquerque Rocha, 23 anos, a mais de 18 anos de prisão, não prosperou a tese sustentada de que ele tem distúrbios mentais, portanto a morte Luís Otávio Santana de Lima, 11 anos, no dia 8 de junho de 2019, foi uma fatalidade, “uma idiotice”, logo ele seria inimputável.

Segundo o advogado David Moura de Olindo, o que ocorreu foi uma fatalidade, em razão de desequilíbrio mental do acusado, que inclusive foi aluno da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). “O fato ocorrido foi uma fatalidade”, decorrente do completo desequilíbrio mental do seu cliente motivada por "idiotice”. Ele não teria completa capacidade mental, posto que, de fato, ocorreu a “brincadeira” de mandar “ajoelhar”. Em um dos laudos protocolados pela defesa mostra que o réu sofre de TNCI (Transtorno Neuropsiquiátrico Crônico Incurável).

Apesar da brincadeira idiota, conforme a defesa, o acusado não tinha e não teve a intenção de matar a vítima. “O momento fatídico, que sem dúvida, além dos problemas mentais do autor, foi corroborado pela arma de fabricação caseira, que por não ser dotada de nenhum mecanismo de segurança, acabou disparando no momento em que ambos, autor e vítima atravessavam uma cerca de arame”.

Segundo a denúncia do Ministério Público, Ivan teria matado a criança para se vingar de Maria Aparecida Santana Flores, mãe da vítima, por achar que ela foi responsável por sua prisão em 2018, quando foi acusado de violência doméstica contra sua esposa - sobrinha de Maria. Porém, a defesa afirma o acusado tinha relação de amizade com a vítima. “Nunca houve desejo do réu em cobrar qualquer vingança de quem quer que seja”.

Luís foi morto com tiro no abdômen na Fazenda Furnas, área rural de Sidrolândia. Ivan havia levado Luís e o irmão da vítima, de 13 anos, para pescar jacaré. O homicídio ocorreu no retorno desse passeio. Antes de perder a consciência, Luís contou que foi obrigado a ajoelhar e rezar, fato também confirmado pelo irmão da vítima. Os dois meninos são primos da esposa de Ivan.

A tese da insanidade foi derrubada pelos peritos da Justiça que atestaram a capacidade mental de Ivan para discernir exatamente o que estava fazendo ao executar Luiz Otávio.