Sidrolândia
Trabalhadores do setor de corte da JBS param 40 minutos para protestar contra ritmo de trabalho
350 trabalhadores do 1º do setor de abate da JBS, pararam por 40 minutos, em protesto contra o ritmo de trabalho
Redação/Região News
06 de Outubro de 2021 - 15:42
De forma espontânea, sem consulta prévia ao Sindicato, os 350 trabalhadores do 1º do setor de abate da JBS, pararam por 40 minutos, em protesto contra o ritmo de trabalho, que mesmo durante a pandemia aumentou, ao ponto de o abate diário ter aumentado de 180 para 210 mil frangos, sem reforço do quadro de pessoal, desfalcado ano pessoal com o afastamento de quem é do grupo de risco. O protesto foi das 12 às 12h40.
O presidente do Sindaves, Joel Santos, acompanhado de dirigentes sindicais foi pra frente do frigorífico para demonstrar solidariedade aos trabalhadores que começaram o turno às 5 da manhã e saíram às 13 horas. Este ritmo de trabalho, o abate de 210 frangos por minuto, tem trazido sequelas para a saúde dos funcionários, muitos deles forçados a pedir licença médica com problemas na coluna e de articulação das mãos.
O vice-presidente do Sindaves, Sérgio Bolzan, garante que o Sindicato não é contra o aumento na produção, desde que não se imponha um ritmo de trabalho exagerado. Na semana passada o Sindicato cobrou da empresa que respeite a Norma Regulamentadora 36 de Segurança e Saúde no Trabalho, que prevê intervalo de descanso a cada 1h30 de trabalho. A empresa tem dado pausa no início do expediente; antes do almoço e no final do expediente.
A categoria está em período de negociação para a convenção coletiva que é em 1º de novembro. O Sindicato reivindica o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e mais 2% de aumento real.
Outra reclamação é que a empresa se recusa reconhecer como acidente do trabalho, quando o funcionário enfrenta problemas de saúde relacionados ao trabalho. Só aceita o acidente em caso de queda ou, lesão por corte.
Os médicos da empresa estão reduzindo o atestado licença sem consultar o trabalhador, fazer exames para comprovar que os trabalhadores estão curados.