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SIDROLÂNDIA- MS

Após 15 meses, Sidrolândia registra nova morte por COVID-19 e 55 casos em setembro

Em setembro, foram registrados 55 casos, um crescimento de 34% em relação aos 41 de agosto, nestes dois meses, foram 96 casos, o que corresponde a 50,79% das 189 notificações de 2024.

Redação/Região News

03 de Outubro de 2024 - 14:24

Após 15 meses, Sidrolândia registra nova morte por COVID-19 e 55 casos em setembro
Vacina covid-19. Foto: Raquel Portugal/FioCruz

Uma idosa de 63 anos, que faleceu no último dia 23 de setembro, foi a 179ª vítima fatal da COVID-19 em Sidrolândia, onde há 15 meses não havia registro de óbitos por coronavírus. Antes deste caso, o último óbito havia ocorrido em 1º de julho do ano passado, uma senhora de 72 anos que tinha comorbidades, era diabética e sofria de doença cardiovascular crônica.

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No ano passado, três pessoas morreram de COVID-19. Os dois primeiros óbitos ocorreram em janeiro e fevereiro. O primeiro óbito de 2023 foi em 8 de janeiro, com a morte de um rapaz de 33 anos. Em 14 de fevereiro, a vítima foi um homem de 49 anos, morador de rua, que faleceu após cinco dias de internação no Hospital Universitário, em Campo Grande. Ele não havia se vacinado e apresentava várias comorbidades: diabetes, doença cardiovascular crônica, imunodeficiência e imunossupressão.

O novo registro de óbito pela doença que, por dois anos (2020 e 2021), mergulhou o mundo em uma pandemia sem precedentes, coincidiu com uma leve aceleração de casos positivos. Em setembro, foram registrados 55 casos, um crescimento de 34% em relação aos 41 de agosto. Nestes dois meses, foram 96 casos, o que corresponde a 50,79% das 189 notificações de 2024. No ano passado, houve 196 registros.

A Secretaria Estadual de Saúde reforça a importância de manter a caderneta de vacinação em dia. Mesmo com medidas para evitar a infecção pelo vírus, a melhor estratégia de proteção é a vacinação. Dados do Boletim Epidemiológico da COVID-19, divulgados nesta terça-feira (1º), mostram que o Estado registrou 572 novos casos na última semana.

Segundo Lívia Mello, gerente técnica de Influenza e Doenças Respiratórias da SES (Secretaria de Estado de Saúde), ao contrário de outros vírus respiratórios, como a Influenza, que circula com maior intensidade em períodos sazonais, a COVID-19 não se restringe a épocas específicas, e seu controle está diretamente ligado à imunização da população.

A coordenadora de Imunização da SES, Ana Paula Goldfinger, observa que o aumento de casos pode estar diretamente relacionado à queda na procura pelo reforço da imunização com cepas atualizadas. "A falsa sensação de segurança das pessoas que tomaram uma ou duas doses, mas não completaram o esquema vacinal, pode ser uma oportunidade para o vírus voltar a circular em nosso meio", explica.

Sidrolândia tem um índice de cobertura vacinal abaixo da média estadual. Apenas 14,92% da população-alvo (46.595 habitantes) tomou as quatro doses (6.953 pessoas). A média estadual é de 26,17%. Enquanto no Estado 82,86% do público recebeu duas doses e 48,45% recebeu três, em Sidrolândia, 76,49% receberam duas doses, e 46,69% tomaram três.

Entre as 6.775 crianças de 3 a 11 anos, apenas 29,66% receberam duas doses (2.009) e 8,99% completaram o ciclo vacinal com a terceira dose (609 crianças). Na faixa etária de 6 meses a 2 anos, 158 bebês receberam duas doses (8,89%) e apenas 18 completaram as três doses.

Na população idosa, grupo mais vulnerável ao coronavírus, a melhor cobertura vacinal está entre os que têm de 70 a 74 anos: 100% tomaram duas doses; 84,5% receberam três, e 54,1% completaram com as quatro doses.