Cadáver 'desovado' em Distrito era de rapaz que pode ter sido morto por dívida de droga

Com a identificação do corpo encontrado em adiantado estado de putrefação no último dia 8 de novembro em meio a lavoura de soja da antiga Usina Santa Olinda, no Distrito do Quebra Coco, em Sidrolândia, a Polícia já tem a causa mais provável do crime e até um suspeito, que fugiu para o Ceará.

A linha de investigação mais consistente é de que Elton Pinto Centurião, de 22 anos, foi executado por não ter pago dívidas que contraiu com a compra de droga. Elton estava desaparecido desde o dia 24 de outubro. O irmão dele, Wagner Pinto Ribeiro, reconheceu o corpo do rapaz dia 18 de novembro.

Ele foi ao Instituto Médico Odontológico Legal, 4 dias após a localização do cadáver, ver vídeos do achado que circularam nós grupos de aplicativos de WhatsApp e acompanhar o noticiário sobre a localização do corpo.  Chamou atenção dele nas imagens foram as vestes e o relógio que lhe pareceram familiares por serem do seu irmão.

Ao depor na Delegacia, no último dia 21 de novembro, Wagner relatou que o irmão estava desaparecido desde a última semana de outubro. A sogra de Elton o teria visto pela última vez na praça central no dia 27 daquele mês. Três dias depois, Mariana, esposa dele, recebeu mensagens de ameaças dirigidas ao rapaz.

Numa delas, um suposto credor cobra do rapaz o pagamento de uma dívida de R$ 800,00. Dois eram os cobradores que aumentaram para R$ 2.500,00 o valor da conta. Um dia antes do seu desaparecimento, ele havia feito uma transferência bancaria por meio de um PIX para Alefy Matheus Castro no valor de R$ 130,00.

A partir do depoimento de Wagner Pinto, a Polícia conseguiu localizar Antônio Pereira, de 52 anos, que mora há 20 anos no Jockey Clube, onde Elton trabalhou há dois anos. Antônio sabia que o rapaz tinha dívidas de drogas. No último dia 8 ele depôs na Delegacia.

Contou que no dia 31 de outubro esteve no Jockey um rapaz, que é considerado suspeito e que conhecia Elton. Ele foi buscar capim para alimentar os cavalos num Fiat Strada. Quando Antônio foi por capim na carroceria do veículo, viu que no lado do motorista o vidro estava trincado e no outro lado, o capô tinha muitos sinais de sangue.

Questionou o suspeito sobre o que tinha acontecido, mas ele ignorou. Antes de lavar o sangue, filmou e enviou a imagem para a mulher. O rapaz morava na região onde o corpo de Elton foi encontrado, saiu da cidade e teria ido para Mato Grosso, de onde seguiu para o Ceará