SIDROLÂNDIA- MS
Começou pela Rua Alagoas o recapeamento onde asfalto e base foram retirados
A previsão é que, nesta terça-feira, a pista da Rua Alagoas em toda sua extensão estará um tapete com asfalto novo.
Redação/Região News
22 de Julho de 2024 - 14:18
Começou a ser refeito nesta segunda-feira, agora com massa asfáltica em CBUQ (o mesmo usado em rodovias), o pavimento da Rua Alagoas, uma das várias vias onde o asfalto estava comprometido e, há uma semana, vem sendo retirado, gerando reclamações dos moradores, muitos deles enfrentando dificuldades temporárias para entrar e sair de casa.
O clima pré-eleitoral serviu de estopim para a oposição criar a narrativa, sem nenhuma fundamentação técnica, de que o serviço (supervisionado pela Agesul) era desnecessário e um desperdício de dinheiro público.
Depois de reciclar o material retirado, reaproveitado como base e sub-base, neste domingo equipes aplicaram a lama asfáltica e, logo nas primeiras horas da segunda-feira, chegaram os caminhões carregados de massa asfáltica. A previsão é que, nesta terça-feira, a pista da Rua Alagoas em toda sua extensão estará um tapete com asfalto novo.
A remoção da base e do pavimento antigo em trechos de ruas que serão recapeados em Sidrolândia, que tem gerado críticas porque provoca transtornos temporários ao interferir no ir e vir da população, foi a solução técnica respaldada pela Agência Estadual de Empreendimentos (Agesul) para garantir a durabilidade do novo pavimento.
"Boa parte do asfalto antigo de Sidrolândia foi feito há décadas. Jogar lama asfáltica em cima seria uma mera maquiagem, que em pouco tempo precisaria ser refeita, desperdício do dinheiro público", explica o secretário de Infraestrutura, Ademir Osiro.
O reaproveitamento como base do material que está sendo retirado vai baratear em R$ 187 mil o projeto que prevê a execução de 13,3 km de recapeamento, ao custo de R$ 17,1 milhões, recursos do Governo do Estado.
Em 10 km dos 13,3 km do perímetro abrangido pela revitalização, as sondagens preliminares revelaram que a base e o pavimento estão comprometidos, sendo necessário refazer tudo. Na Rua Nélio Paim, no Bairro Cascatinha, por exemplo, praticamente não há vestígio do que foi um dia uma capa asfáltica.
A expectativa é que em 15 dias seja iniciada a reconstrução do asfalto na parte alta da cidade onde está sendo removido o pavimento existente. Concluída esta etapa, a frente de serviço será deslocada para o Bairro São Bento.
A equipe de engenharia da Prefeitura reconhece que houve um erro no projeto executivo contratado, só constatado quando a empreiteira iniciou a intervenção nos trechos onde só a aplicação da capa asfáltica não era suficiente para garantir durabilidade ao novo pavimento.
O projeto previa a reconstrução da base, com o uso de 400 metros cúbicos de arenito. O problema, segundo o engenheiro Jonatas Kachorroski, do Departamento de Planejamento da Prefeitura, é que a jazida sugerida para extração do arenito não tem mais o material e a alternativa seria buscar em Campo Grande, a 70 km de distância. Seriam 400 viagens, pelo menos, encarecendo o custo final da obra.
Diante do impasse, a Agência Estadual de Empreendimentos (Agesul) determinou que a obra fosse paralisada, situação que se estendeu por dois meses, para readequar a planilha com a opção de reaproveitamento do material retirado.
Nessa técnica, o asfalto é retirado da pista e quebrado em pedaços menores, em um processo comumente chamado de fresagem. Em seguida, é misturado com um agente ligante, como emulsão asfáltica ou cimento, para formar uma mistura que será usada como material de base ou sub-base para a nova pista.
"A reciclagem é uma alternativa mais barata e sustentável", explica um engenheiro ouvido pela reportagem. O profissional tem uma longa experiência na supervisão de obras de recapeamento, tendo atuado recentemente na Secretaria Municipal de Infraestrutura de Campo Grande.
"Nos locais em que apenas pequenos trechos da base estão comprometidos, faz-se um remendo que é exatamente a reconstrução da base com reaproveitamento do material. Onde o problema se estende por trechos mais longos."