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SIDROLÂNDIA- MS

“Cuidar da criança do vizinho pode não dar certo”, diz Enelvo ao citar possível aliança do MDB com PL

Felini recorre a uma figura de linguagem para demonstrar uma certa dose de descontentamento por ter sido “deixado em segundo plano”.

Redação/Região News

29 de Julho de 2024 - 09:30

“Cuidar da criança do vizinho pode não dar certo”, diz Enelvo ao citar possível aliança do MDB com PL
Enelvo Felini. Foto: Marcos Tomé/ Região News

Pela primeira vez em 32 anos, computados a partir de 1.992 quando encarou seu primeiro embate nas urnas, Enelvo Felini, se de fato levar adiante seu projeto de candidatura, não terá o apoio das maiores lideranças do agronegócio de Sidrolândia.

Na entrevista que concedeu ao Região News na última sexta-feira, duvida de que a inédita aproximação deste segmento com seu adversário histórico, Daltro Fiúza, traga um bom resultado administrativo numa eventual gestão de Rodrigo Basso, pré-candidato do PL em aliança com MDB de Fiúza. Enelvo insinuou que colocar no mesmo palanque estes dois polos que nunca caminharam juntos politicamente pode ser um "mero ajuntamento de pessoas com ideias diferentes simplesmente para ganhar a eleição. Se vencer, não consegue governar", avalia.

Felini recorre a uma figura de linguagem para demonstrar uma certa dose de descontentamento por ter sido “deixado em segundo plano” nas articulações para formar uma frente de oposição para tentar barrar a reeleição da prefeita. "Estão parecendo aqueles pais que esquecem dos seus filhos para cuidar dos filhos do vizinho", argumenta Felini numa alusão as articulações políticas envolvendo o agronegócio com MDB.

Sem citar explicitamente Rodrigo Basso, o ex-prefeito colocou em dúvidas as habilidades do pré-candidato para gerenciar a máquina pública. "Administrar a Prefeitura não é igual gerenciar uma fazenda. Você precisa ter equipe com gente de confiança. Sou contra o loteamento de cargos que é feito quando se faz arranjos simplesmente para ganhar eleição, sem que haja um programa de Governo", destaca o ex-prefeito.

Enelvo não se assusta com a possibilidade de entrar numa disputa com três ou quatro candidatos. Reconhece que “não é fácil", disputar contra um prefeito no cargo, mas lembra que na eleição suplementar de 2021 teve 48% no confronto com a prefeita, quando ele Enelvo, estava com a saúde debilitada por sequelas da COVID-19.