Secretários terão até março para entregar auditoria de contas e pacote de ações dos 100 dias

Os secretários municipais terão de concluir até março uma auditoria com o detalhamento da dívida herdada da gestão anterior, além do levantamento de mobiliários e equipamentos do patrimônio da Prefeitura de Sidrolândia que teriam sido levados durante a transição de Governo. Na última sexta-feira, o prefeito Rodrigo Basso reuniu o secretariado. A equipe do 1⁰ escalão foi orientada a elaborar o planejamento de ações que serão implementadas ou lançadas para marcar os primeiros 100 dias de gestão.

Cada secretário terá de apresentar um levantamento detalhado da situação que encontrou na repartição sobre sua responsabilidade. A Secretaria de Fazenda já reconheceu R$ 12 milhões em dívidas com fornecedores e prestadores de serviços. Só com as empresas terceirizadas do transporte escolar o débito soma R$ 1.988.958,60. A Prefeitura gasta mais de R$ 14 milhões com o serviço. Com o Previlândia a conta chega a R$ 3,3 milhões, a 10 contribuições patronais de 2024 não recolhidas.

Os técnicos vão rastrear cobranças de fornecedores que não comprovaram a entrega de produtos ou a prestação dos serviços contratados. Há empresas que entregaram produtos, mas não foi feito o respectivo empenho. A situação mais grave, que deve ser judicializada, foi o pagamento de R$ 1.435,000,00, feito em 9 de julho do ano passado, em favor da Hard Force Comercia, para aquisição de uma motoniveladora. Transcorridos 6 meses do pagamento a empresa vencedora do pregão eletrônico não entregou a máquina adquirida com recursos do Ministério do Desenvolvimento Regional .

Na Secretaria de Educação a prioridade é o lançamento do processo seletivo para o recrutamento dos 400 professores temporários que deverão estar nas salas de aulas a partir do dia 10 de março, quando começa o ano letivo.

Haverá o reaproveitamento do pessoal administrativo contratado, mas sem o inchaço que havia ano passado, segundo o secretário. Já começou o mutirão de limpeza das escolas e nos próximos dias serão feitos reparos no prédio do CMEI Cantinho Feliz, interditado em novembro pelo Corpo de Bombeiros. A reforma do prédio do CMEI Irmã Demétria, fechado desde abril do ano passado, depende da alocação de recursos e de processo licitatório. A obra está orçada em mais de R$ 450 mil. Os alunos continuarão no prédio da antiga Reino da Cultura. A conclusão das escolas da Escola Benigno Escobar, no Jardim Paraíso, é outra meta para este ano.

Na área da Saúde a expectativa é colocar em funcionamento em março o Centro de Atendimento infantil projeto para ocupar o antigo espaço do almoxarifado da UPA (Unidade de Pronto Atendimento), que passará por reforma. Sucederá a Clínica da Família, criada em 2021,  fechada na primeira semana da gestão, que tinha um custo mensal de R$ 110 mil. Até que a nova estrutura esteja pronta, o atendimento pediátrico será concentrado no Centro de Especialidades Médicas .

Também está previsto o reforço na parceria com o Hospital Elmíria Silvério Barbosa após os últimos 4 anos marcados pela turbulência da relação do hospital com a Prefeitura. Está prevista a contratualização de exames de imagens (ressonância, tomografia, mamografia), aproveitando a estrutura de equipamentos. Ano passado estes exames foram  feitos no Hospital Evangélico, em Campo Grande, gerando um custo anual de R$ 1,4 milhão.

Ainda no 1⁰  trimestre devem ser iniciadas ou retomadas as obras de reforma das unidades de saúde Cleide Piran, Central, “Helena Massola” no assentamento Capão Bonito I, “Mirian Duderstadt Moraes” no Capão Bonito II, além do NASF (Núcleo de Apoio de Saúde da Família).

Na área de infraestrutura o desafio será retomar concluir as obras no Cascatinha, Santa Marta , Altos da Figueira e na Rua Adriano Ximenes, no Jardim Petrópolis .