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SIDROLÂNDIA- MS

Sidrolândia salta seis posições no ranking do SAEMS que avalia alfabetização

O ranking estadual é liderado pelos alunos das escolas de Angélica, que obtiveram média de 8,2, um avanço de 18% sobre a média de 6,9 de 2022.

Redação/ Região News

30 de Junho de 2024 - 18:56

Sidrolândia salta seis posições no ranking do SAEMS que avalia alfabetização
O ranking estadual é liderado pelos alunos das escolas de Angélica. Foto: Divulgação/ Semed

Embora o desempenho dos alunos tenha estagnado, com a nota média de 4,4, a mesma de 2022, as escolas municipais de Sidrolândia saltaram seis posições no ranking estadual, passando do 71º para o 65º lugar, empatadas com os estudantes de outras três cidades: Porto Murtinho, Inocência e Jardim.

O ranking estadual é liderado pelos alunos das escolas de Angélica, que obtiveram média de 8,2, um avanço de 18% sobre a média de 6,9 de 2022. Os números do SAEMS (Sistema de Avaliação da Rede Pública de MS), divulgados na semana passada pela Secretaria Estadual de Educação, mostram um quadro de estabilidade em 2023 no desempenho dos alunos do 2º ano do Ensino Fundamental na prova de proficiência em língua portuguesa, que avaliou o nível de alfabetização e a capacidade de escrever e interpretar um texto compatível com a idade e o nível de escolaridade deles.

A nota do SAEMS integra a composição do ICMS da Educação, que corresponde a 10% do rateio da parcela do imposto destinada aos municípios. Com o baixo desempenho dos alunos sidrolandenses e a 71ª posição no ranking estadual, a cidade deixará de receber R$ 11 milhões em repasses ao longo do ano. Enquanto na média estadual 26,2% dos alunos entram analfabetos no 3º ano aos 9 anos de idade, nas escolas de Sidrolândia esse percentual chega a 39% (mesmo resultado de 2022), enquanto 35% atingiram o nível de alfabetização adequado (no ano retrasado, 34%).

O melhor desempenho foi o dos alunos da Escola Pedro Aleixo, com nota 5,1, e o pior, da Escola Vitor Marcelino, localizada na Aldeia Lagoinha, que conseguiram nota 2,1. Enquanto na Pedro Aleixo, 23% dos alunos terminaram o 2º ano sem estarem alfabetizados e 28% obtiveram o desempenho adequado, na escola indígena só 7% das crianças sabem ler e 93% ainda precisam ser alfabetizadas.

Na média estadual, a nota variou de 5,0 em 2022 para 5,1 no ano passado. Entre os estudantes de Sidrolândia, a nota estacionou em 4,4. Enquanto no plano estadual, a nota oscilou entre 8,2 e 3,8, o desempenho dos alunos sidrolandenses ficou entre 5,1 e 2,1 (em 2022, a maior nota foi 7,5 e a menor 3,5). Em todo o Estado foram avaliados 37.561 alunos. Já em Sidrolândia, a amostra abrangeu 743 alunos de 15 escolas.

Mais da metade dos alunos das escolas rurais de Sidrolândia terminaram o 2º ano do Ensino Fundamental no ano passado na condição de analfabetos. Em algumas escolas, como a do Assentamento Eldorado, a nota média foi 3,7, sendo que apenas 24,49% atingiram o nível adequado de alfabetização, enquanto 53,24% estão em um nível crítico ou muito crítico de leitura e elaboração de frases curtas.

Os alunos da Escola Monteiro Lobato, no Assentamento Capão Bonito 2, obtiveram nota 3,1, com apenas 11% de alfabetização adequada, enquanto os da Escola Ariano Suassuna, no Barra Nova, conseguiram 3,5. Na zona rural, os alunos que obtiveram a melhor nota, 4,9, foram os da Escola Polo Darcy Ribeiro, no Assentamento Geraldo Garcia, enquanto os da Escola de tempo integral Leônida La Rosa Balbuena, no Jibóia, tiraram 4,5.

Escolas Indígenas

O cenário é ainda mais preocupante em duas escolas indígenas: Vitor Marcelino, na Aldeia Lagoinha, e Cacique Armando Gabriel - Polo, na Aldeia Córrego do Meio. A nota média foi 2,8, com apenas 7,14% dos alunos demonstrando um nível adequado de alfabetização, enquanto 78,57% passaram para o 3º ano precisando de reforço escolar para superar a dificuldade de leitura. Na Vitor Marcelino, os alunos obtiveram uma média de 2,1, com 93% ainda precisando ser alfabetizados. Na Escola Indígena Cacique João Batista Figueiredo, na Aldeia Tereré, o desempenho dos alunos melhorou. A nota média foi de 3,7 para 4,5, com 42,31% dos alunos alfabetizados adequadamente, comparado a apenas 12,5% em 2022.