Sidrolandia
Caravana do FCO do Banco do Brasil passa por Sidrolândia e mostra número recorde de operações
Em 2018, Mato Grosso do Sul terá R$ 2.219 bilhões em recursos do FCO, sendo R$ 1.109 bi para o setor empresarial e R$ 1.109 bi para o setor rural.
Flávio Paes/Região News
27 de Novembro de 2017 - 15:31
O volume de recursos do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) contratado em 2017 atingiu um recorde histórico para o país, R$ 5,9 bilhões. Mato Grosso do Sul foi responsável, até agora, pela contratação de R$ 1,7 bilhão dos R$ 2,3 bilhões disponíveis para esse ano.
Os números foram apresentados em Sidrolândia por técnicos da Caravana do Banco do Brasil FCO que passou nesta segunda-feira pela cidade para apresentar aos empresários as diferentes linhas de crédito disponíveis.
Neste ano o Banco do Brasil passou a ter uma plataforma mais ágil para análise e contratação de crédito, além de autonomia para analisar propostas até R$ 1 milhão, que já não precisam mais de carta consulta. Isso reduziu em 50% o número de processos que passavam pelo conselho e demoravam no mínimo 15 dias, explica o secretário.
A desburocratização da linha de crédito aliado a tendência de investimento de empresários confiantes na economia e a realização de caravanas de divulgação do FCO, contribuíram para o resultado. O exemplo de 2017 será usado em 2018, que terá o mesmo volume de recursos.
Em 2018, Mato Grosso do Sul terá R$ 2.219 bilhões em recursos do FCO, sendo R$ 1.109 bi para o setor empresarial e R$ 1.109 bi para o setor rural. Além disso, todas as resoluções alteradas para facilitar a contratação este ano serão válidas em 2018.
Mudanças
Conforme decisão do Governo Federal, o Condel destinou R$ 190 milhões do fundo nacional, que tem R$ 9,650 bilhões para 2018, ao Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). O Governo do Estado reforçou seu posicionamento de ser contra a abertura da destinação do fundo a outras atividades que não o setor produtivo, visto que se perde o foco da linha de crédito, podendo dar gancho para outras possibilidades.
Ainda durante a reunião foram tratadas questões importantes e que devem ser resolvidas no encontro do Condel na próxima semana. Entre elas está à redução de recursos disponíveis no FCDO (Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste), que já teve dotação orçamentária de mais de R$ 1,2 bilhão e para 2018 está previsto no orçamento da União apenas R$ 60 milhões decorrente de retorno de investimento.
O Governo do Estado fará uma proposta junto à bancada de ampliação de recursos, pedindo ao menos R$ 1,1 bilhão, para atender empreendimentos previstos, visto que a falta de alocação de recursos por parte da União pode acabar com a linha de crédito, que é voltada para atender negócios de grande porte. A previsão é que mesmo com o pedido o volume aumente para R$ 500 milhões.
Também é necessária a redução da taxa de juros do FCO, considerando os valores da Taxa Selic, inflação e a necessidade de manter a linha competitiva. A taxa do FCO rural deve ser revisada ainda este ano, assim como a empresarial que mudou em julho.
Foi proposto ao Ministério da Fazenda alterar a metodologia de cálculo dos juros, passando a usar a TLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), que pode variar mês a mês.